Câmara abre comissão para investigar pedido de cassação de Caio Cunha

A Câmara Municipal de Mogi votou e aprovou, nesta quarta-feira, em sessão ordinária, a abertura de uma Comissão Processante (CP) para investigar possível crime de nepotismo causado pelo prefeito e candidato à reeleição, Caio Cunha (Podemos).

 

O processo que denuncia o crime de nepotismo pelo prefeito foi protocolado na Câmara na terça-feira por José Elias Alves de Barros e pede a cassação de mandato. 

 

Votaram a favor 13 vereadores, sete foram contrários e um se absteve. (Veja os nomes na tabela no fim da reportagem).

 

O vereador Farofa (PL) não votou pois é presidente da Câmara, e só poderia participar em caso de empate.

 

Após aprovação, foi sorteado os três vereadores que vão compor a comissão. Investigarão as denúncias os vereadores Marcos Furlan (Podemos), Eduardo Ota (Podemos) e Marcelo Brás (Republicanos).

 

Os dois primeiros são da base do governo e votaram contra a comissão, e o terceiro foi favorável.

 

Agora os três vão se reunir para definir o presidente da CP e iniciar as investigações.

 

O Processo

 

Segundo o processo, que foi lido na sessão desta quarta, conforme determina o regimento interno da Casa de Leis, a irmã do prefeito foi contratada, conforme diz o processo, em julho de 2021 para ser secretária do chefe do Executivo.

 

Isso, segundo argumenta o processo, configuraria crime de nepotismo.

 

Outros possíveis crimes citados no processo diz respeito à nomeação como secretário ou secretário adjunto de pessoas “sem conhecimento de função, sendo apenas por troca de favores”.

 

Entre os secretários e adjuntos citados, constam o da pasta de Governo, o de Gestão, de Educação.

 

Um dos membros da comissão, e vereador da base do governo, Marcos Furlan disse que a abertura da comissão é “meramente eleitoreira”.

 

“A gente recebe hoje um pedido de impeachment totalmente sem fundamento. O portal da transparência em nenhum momento fala da Isabella como funcionária. Já vimos em outros mandados onde assessores de vereadores assumiram função de secretário adjunto. É um cargo de confiança”, disse.

 

O vereador Iduigues (PT), que usou a tribuna também para criticar a empresa de coleta seletiva em Mogi, votou a favor da CP e afirmou: “Como tem elementos que comprovam a infração, eu votarei favorável”.

 

Caio Cunha

 

Por meio de nota, a assessoria informou que “o prefeito Caio Cunha recebe a notícia com tranquilidade”.

 

“Mesmo não concordando, respeita a decisão da Casa Legislativa e está à disposição para todo e qualquer esclarecimento da comissão processante e de quem quer que seja. A instauração de um processo de cassação a 17 dias da eleição evidencia a intenção política de desgastar o atual prefeito e candidato a reeleição.

 

Inclusive, o pedido foi protocolado por um candidato a vereador da oposição”, disse a nota do prefeito.

 

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