O caso ocorreu em agosto e teve grande repercussão no Alto Tietê. Conforme o DS publicou na ocasião, a soldado negra afirma ter sofrido “constrangimento ilegal” após ser obrigada por um oficial a permanecer no alojamento da unidade durante uma inspeção externa no batalhão, enquanto os demais policiais participavam de um churrasco de confraternização, no dia 16 de julho. A justificativa apresentada para que ela ficasse isolada foi o uso de tranças afro.
Um áudio divulgado na rede social X revela uma conversa entre o oficial e a soldado. A gravação foi feita pela própria policial. No áudio, o oficial afirma que ela não deveria questionar as ordens recebidas e que, mesmo que fosse uma ordem para “plantar bananeira”, ela deveria cumprir.
Na ocasião, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que a PM não compactua com excessos ou desvios de conduta. “Confirmada a irregularidade, as medidas cabíveis serão adotadas”.
De acordo com o movimento, o episódio “é mais uma expressão do racismo e do machismo naturalizado na sociedade, cujas mulheres negras são cotidianamente vítimas”.
Fazem parte do ato o Coletivo Antirracismo “Milton Santos”, a Coordenação Nacional Entidades Negras do Alto Tietê (Conen) e a Central Sindical e Popular Conlutas.