A demanda é vista como primordial para o Alto Tietê. Cinco cidades que responderam a demanda afirmaram ser um desejo a regionalização.
A Prefeitura de Suzano, por exemplo, informa que a regionalização é importante porque estuda e atende as demandas de cada região de forma individualizada. São 17 regiões diferentes em todo o Estado de São Paulo.
“Assim, cada região do Estado teria autonomia para administrar as vagas SUS disponíveis nos municípios. Isso ampliaria o uso da estrutura regional, encaminhando o paciente de forma mais rápida à unidade especializada próxima de sua casa”, explica a Prefeitura de Suzano.
A regionalização, segundo a Prefeitura de Suzano, considera as características socioeconômicas, epidemiológicas e demográficas de cada região e se baseia em alguns princípios, como: organizar os serviços em níveis de complexidade crescente; planejar os serviços com base em critérios epidemiológicos; e definir e conhecer a população a ser atendida.
“A medida poderia ser implementada por meio da criação de fundos regionais de saúde; financiamento de ações pactuadas entre Estado e municípios; implantação de programas que revejam as competências das secretarias estaduais; e instituição do Colegiado Gestor Regional (CGR), que é uma instância de cogestão entre gestores municipais e estadual”, defende Suzano.
A Secretaria de Saúde de Ferraz afirmou em nota que é importante do sistema Cross regionalizado para “personalizar e identificar os problemas comuns aos 11 municípios atendidos pelo Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) na busca de soluções dos seus problemas”.
A nota ressalta, porém, que “dos cinco problemas elencados na área da Saúde, dois já foram identificados e estão sendo trabalhados: problemas cardiovasculares e a Saúde Mental”.
Em Itaquá, a regionalização já é vista como concretizada, mas é necessário a “criação de uma central na microrregião contribui para que as discussões sobre a disponibilidade e gestão de vagas ocorram com mais proximidade e eficiência”.
Em Poá, a regionalização é bem vista também, pois “aprimora e fortalece o serviço de atendimento em Saúde nas mais diversas especialidades, obedecendo à realidade local e regional com atendimento pronto e imediato”.
Em Arujá, que também reforça a importância da regionalização do Cross, afirma que segue sem previsão. A assessoria diz que é uma demanda antiga “e solicitada há quatro anos”.
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Em audiência realizada na tarde na quinta-fera com o deputado Marcos Damasio, o secretário estadual da Saúde, Dr Eleuses Paiva, anunciou que se reunirá com os prefeitos eleitos e reeleitos pelo Alto Tietê no início do próximo ano para reorganizar o pacto de saúde entre Estado e municípios.
O objetivo é sanar as dificuldades encontradas hoje pelas prefeituras e garantir mais recursos para a região.
“A saúde precisa ser reorganizada e gerida pelas próprias cidades, com investimentos nossos. Não queremos que a cidade gaste mais, nós faremos isso, mas nas áreas realmente necessárias”, adiantou. A reunião deverá acontecer entre a última quinzena de janeiro e primeira de fevereiro.
O secretário, ciente da demanda, garantiu que a repactuação da saúde deverá resolver a fila de cirurgias, internações e até exames de especialidades. “Topamos fazer o Cross regional e regular novamente o sistema.
O encontro que estamos propondo é pra isso”, reforçou, confirmando que auxiliará Mogi das Cruzes na abertura da Maternidade Municipal.