Operação em Mogi desmancha esquema de propina envolvendo policiais e influenciadores de rifas

O Ministério Público e a Polícia Federal deflagraram nesta quinta-feira (12) uma operação contra policiais civis de São Paulo suspeitos de cobrar propina de influenciadores e artistas envolvidos na promoção de rifas ilegais nas redes sociais.

A ação, que conta com a participação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO)  e da Corregedoria da Polícia Civil, cumpre mandado de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Mogi das Cruzes, São Paulo, Mauá, São Caetano do Sul e São José dos Campos.

Esta operação é uma continuidade da Operação Latus Actio, que teve sua primeira fase deflagrada em março de 2024, com o objetivo de combater crimes de corrupção ativa e passiva, além da exploração ilegal de jogos de azar. Durante as investigações, foi apurado que os policiais solicitavam propina a empresários, produtores e cantores de funk para evitar que fossem investigados por promover rifas ilegais nas redes sociais, principalmente no Instagram.

A realização de rifas é proibida pelo Ministério da Fazenda, sendo considerada um jogo de azar ilegal, salvo quando realizada por entidades beneficentes. Os influenciadores e artistas, temendo que as investigações resultassem no bloqueio de suas contas nas redes sociais, teriam concordado em pagar as propinas exigidas pelos policiais.

Neste momento, a operação desarticula o esquema, com a execução de mandados que buscam mais provas sobre a prática criminosa.

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