O dólar comercial registrou mais uma forte alta nesta terça-feira (25), alcançando R$ 6,38, o maior valor de 2024. Esse aumento vem após o fechamento de R$ 6,18 no dia 23 de dezembro, quando a moeda americana subiu 1,87% durante o dia. O movimento no câmbio foi impulsionado por fatores internos e externos que afetaram a liquidez no mercado.
No cenário interno, a baixa liquidez provocada pelo recesso de fim de ano e pela redução das negociações típicas do período contribuiu para a oscilação da moeda. Além disso, o dólar ganhou força globalmente, com o mercado internacional reagindo às perspectivas de uma política monetária menos flexível nos Estados Unidos, após o Federal Reserve sinalizar a possibilidade de menos cortes nas taxas de juros no próximo ano.
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A saída de recursos das multinacionais, uma prática comum no final de cada trimestre, também influenciou o comportamento do câmbio, já que as empresas repassam seus lucros para o exterior, pressionando o valor da moeda americana. No entanto, o Banco Central não fez intervenções no câmbio, deixando o mercado fluir livremente.
Além do câmbio, o mercado de ações também sentiu a pressão. O índice Ibovespa da B3 caiu mais de 1% no dia 23, fechando no menor nível desde junho. O cenário de incertezas externas, somado à redução do volume de negócios no Brasil, afetou as expectativas dos investidores.
Para controlar a volatilidade do mercado, o Banco Central anunciou a venda de US$ 3 bilhões em moeda à vista, que será realizada nesta quinta-feira (26), com a venda dos dólares saindo das reservas internacionais. No entanto, essa operação não será recompensada, o que significa que o valor não será reintegrado ao mercado.
O mercado segue atento aos próximos movimentos e às possíveis consequências das políticas econômicas, tanto no Brasil quanto no exterior, que podem impactar ainda mais a cotação do dólar e o desempenho dos mercados financeiros.
O post Dólar atinge R$ 6,38 nesta quarta-feira e pressiona economia brasileira apareceu primeiro em O Diário de Mogi.