Mais de um ano após término das obras, maternidade de Mogi segue de portas fechadas para gestantes


O investimento para obra foi de R$ 3,7 milhões. Prefeitura de Mogi informou que segue dialogando com a Secretaria Estadual Saúde para definir a melhor alternativa para o funcionamento da unidade de saúde. Após um ano da conclusão da Maternidade em Mogi das Cruzes, unidade segue sem atendimento
Mais de um ano depois do término das obras do prédio da maternidade de Mogi das Cruzes, o equipamento público ainda não começou a funcionar. A expectativa das gestantes e das mães é que a maternidade passe a atender as pacientes o quanto antes.
O atendimento na clínica Mãe Mogiana começa às 8h da manhã, mas antes disso as gestantes começam a chegar. Marina está grávida de sete meses, foi até o local pedir a bolsa maternidade e fazer o acompanhamento do bebê. Todo pré-natal é feito aqui, mas se a maternidade já estivesse funcionando seria mais uma alternativa para ela.
“Um desperdício lá porque tem mais condições porque, por ser novo, está tudo reformado. A população está crescendo, então lá também seria melhor, se abrisse lá”, disse a atendente Marina Alves de Moraes.
Dainara Silva está com oito meses de gestação e, para ela, seria uma mão na roda se a maternidade de Brás Cubas estivesse aberta.
“Eu moro no Conjunto Toyama, mas pra mim os dois seriam viáveis. É triste porque a gente podia estar passando num lugar bem maior, com mais estrutura, que cabe mais pessoas, e está ́fechado”, lamentou.
Maternidade Mogi
TV Diário/Reprodução
Faz um ano que hospital maternidade está pronto e permanece de portas fechadas para as gestantes de Mogi das Cruzes. De acordo com a Prefeitura, falta verba para abrir a unidade de saúde.
Apenas os serviços do pró-mulher e do banco de leite funcionam no local, mas tudo com hora marcada e de segunda a sexta feira. A maternidade começou a ser construída em novembro de 2019 e ficou pronta em junho do ano passado. A unidade de saúde tem estrutura para atender as gestantes de urgência e emergência com 42 leitos, 24 horas.
O investimento foi de R$ 3,7 milhões. No local que provavelmente seria a recepção, é possível observar uma maca parada.
Claudia Cristina Bueno de Souza atravessava toda a cidade para conseguir atendimento. A gravidez da técnica em nutrição foi extremamente desgastante. Ela demorava mais de meia hora para sair do parque olímpico e chegar na Santa Casa. Winston, filho de Claudia, nasceu há três meses.
“Fico chateada, de verdade, porque eu tinha esperança de que ele fosse inaugurar antes de eu ter meu bebê para facilitar. Olho assim e era uma coisa que poderia ter ajudado bastante, poderia ter poupado muita chateação”, disse Claudia.
Mas ela continua na saga do deslocamento para levá-lo à Santa Casa para fazer exames de rotina. Se o hospital estivesse aberto, ela teria o atendimento pró-bebê pertinho de casa. Assim como ela, muitas gestantes precisam que a unidade de saúde funcione logo
“Seria bem melhor se abrisse o local, se disponibilizasse pro atendimento já das gestantes. Até porque tem muita gente ali ao redor que precisa”, completou Claudia.
A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que segue dialogando com a equipe técnica da Secretaria de Estado de Saúde para definir a melhor alternativa para o funcionamento da maternidade municipal, e tão logo ocorra a definição, vai ser possível informar os prazos.
Em nota, o Departamento Regional de Saúde (DRS) da Grande São Paulo informa que recebeu o ofício da Prefeitura de Mogi das Cruzes solicitando recursos para a Maternidade de Brás Cubas e que o pedido está em análise.
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