Aplicativos para organização do Estudo

Rodrigo Garzi
Rodrigo Garzi

Com o crescimento do uso da tecnologia no ensino superior, o emprego de computadores por estudantes e professores para a realização de anotações durante as aulas e para a condução de avaliações tornou-se uma prática viável.

Embora uma parcela dos alunos ainda prefira o método tradicional de anotação manual com papel e caneta, muitos têm optado por dispositivos eletrônicos como celular, notebook ou tablets, buscando aumentar a eficiência no registro de informações em sala de aula. Esse movimento reflete uma tentativa de otimizar o tempo e facilitar a organização acadêmica.

Mesmo com pesquisas apontando que essa prática pode ser menos eficaz para o aprendizado em comparação com anotações feitas à mão, pois os alunos tendem a promover um processamento mais superficial das informações, alunos que fazem anotações estão participando das aulas com mais foco e atenção daqueles que estão acessando redes sociais.

Estudo publicado na XVII Semana de Licenciatura organizado pelo Instituto federal de Goiás, sobre o uso de smartphone em salas de aulas do ensino médio sugere que o uso direcionado do celular pode possibilitar ao aluno ser participante ativo da aula, por conseguinte, desenvolver mais autonomia na construção do seu conhecimento e, ao docente, desempenhar o papel de facilitador dessa construção.

Dentro dessa abordagem existem linhas de pensamento que defendem que se a escola não educar as novas gerações para o uso cidadão do smartphone, essa tecnologia estará entregue aos usos banais no cotidiano dos adolescentes, enquanto que em sala de sala de aula os celulares podem ser usados para criar grupos de estudo, compartilhar anotações e colaborar em tempo real, ampliando as possibilidades de ensino colaborativo e digital.

A autorização do uso de celulares em sala de aula, juntamente com a necessidade de orientação quanto ao seu uso, parte do pressuposto de que, na medida em que a tecnologia faz parte do nosso cotidiano, ela se torna indissociável do processo educativo. A utilização dos celulares para anotações em sala de aula, por outro lado, requer uma menor preparação tecnológica por parte dos professores, aliviando a pressão e a expectativa de que o corpo docente deva ser sempre inovador, criativo e altamente proficiente no uso de tecnologias, acompanhando todos os avanços e novas funcionalidades constantemente

Ao professor, nesse caso, cabe o entendimento dessa nova dinâmica, exercitando a empatia, a comunicação e outro conjunto de softskills que as instituições de ensino sugerem, podendo diminuir ainda a sensação de estar perdendo a disputa da atenção do aluno para o aparelho celular, trazendo essa tecnologia para a relação professor-aluno.

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