Para isso, a Hapvida desenvolveu, há alguns anos, um protocolo de acompanhamento da jornada do paciente que começa na porta de entrada do pronto-socorro, onde a equipe verifica as condições do indivíduo e, de acordo com os sinais vitais e sintomas, identifica a gravidade da situação. Se for um caso considerado grave, a equipe aciona o TeleGrave, uma ferramenta de telemedicina, na qual o médico recebe todo o suporte para que essa pessoa chegue de forma mais ágil à UTI, inclusive com o plano de cuidados pronto.
“Quanto mais rápidos somos em identificar, mais eficientes somos em resolver a doença grave e o paciente volta mais rápido para casa”, explica o diretor executivo nacional da Rede Hospitalar da Hapvida, Paulo Eugênio Tavares.
Taxa de mortalidade
Esse trabalho se reflete em um indicador que fica abaixo do índice nacional que mede a chance do paciente sobreviver durante sua jornada na terapia intensiva. Em 2024, o projeto UTIs Brasileiras mostrou que a SMR (Standardized Mortality Rate ou Taxa de Mortalidade Padronizada) apresentou um indicador nacional de 0,95 dessas unidades, públicas e particulares, enquanto, na Hapvida, esse índice é de 0,59. A companhia se destaca sobretudo entre as UTIs privadas, cuja taxa é de 0,75.
Esse índice corresponde à razão entre mortalidade observada e mortalidade esperada em uma determinada UTI. Uma SMR com valor menor que 1 indica que a mortalidade foi menor que a esperada (eficácia clínica) e, se ela for maior que 1, sugere que há um excesso de mortalidade em relação ao esperado. Ou seja, quanto menor a taxa, melhor.
Visitas abertas
Um dos fatores que contribuem para o restabelecimento da saúde do paciente é o acolhimento. Como nem sempre é possível uma recuperação em curto prazo, os profissionais da Hapvida se dedicam em proporcionar ações que levam mais conforto e bem-estar aos internados para além do cuidado clínico. Um dos projetos são as visitas estendidas, que teve início em maio de 2023.
“Todas as nossas UTIs são abertas para visitas a qualquer hora do dia, seguindo critérios de segurança e todas as orientações, pessoas próximas do paciente podem estar presentes, tornando a terapia intensiva um ambiente de conforto”, explica Tavares.
A presença de familiares nas unidades de terapia intensiva propõe benefícios diversos, desde fisiológicos, como a redução do delirium, até ganhos psicológicos, como a melhora na sensação de segurança e acolhimento gerada pela companhia da família e amigos. Sob o aspecto de empatia e credibilidade, os internados beneficiam-se de evoluções clínicas mais favoráveis, o que influencia na recuperação.