O contador e advogado Sylvio Alkimin explica que agora as instituições financeiras serão obrigadas a informar à Receita Federal todas as transações que ultrapassarem R$ 5 mil para pessoa física e R$ 15 mil para pessoa jurídica. As movimentações consideradas atípicas, como alto volume de operações em um curto período, também poderão ser analisadas com mais rigor pelo Fisco.
“O foco é cruzar informações entre o que é declarado e o que é movimentado, garantindo que não haja discrepâncias. A ideia do governo com essa mudança é reduzir a informalidade e aprimorar o sistema tributário brasileiro”, comenta Sylvio Alkimin.
Diante deste cenário, ele destaca que manter as finanças em dia e operar com transparência são as melhores formas de evitar problemas com o Fisco. “A Receita Federal utiliza tecnologias avançadas para cruzar dados, então é importante garantir que tudo esteja devidamente registrado e declarado para não gerar discrepâncias entre a movimentação bancária e os rendimentos declarados. Se você declarar uma renda anual X, mas movimentar Y via PIX, isso pode gerar problemas futuros com a Receita”.
Ainda de acordo com ele, quem vende ou presta serviços regularmente, é importante sair da informalidade e registrar-se como Microempreendedor Individual (MEI) ou outra categoria empresarial adequada para legitimar as operações financeiras.
“O mais recomendado é procurar orientação de um contador. O profissional pode ajudá-lo a organizar suas finanças, identificar riscos e garantir que você esteja em conformidade com a legislação tributária”, frisa.