Com a chegada do verão, muitas pessoas se programam para curtir as férias, se refrescando em mares, rios e piscinas. No entanto, essa prática exige atenção e cuidados dos banhistas. Para se ter uma ideia, de novembro até agora, O Diário já noticiou sete casos de afogamento no Alto Tietê.
De acordo com o Boletim Epidemiológico de Afogamentos de 2024 da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), o Brasil registra mais de 5.500 mortes por afogamento a cada ano, sendo que 41% delas ocorrem no verão. Isso demonstra que os afogamentos continuam sendo uma das principais causas de morte acidental no país.
Quando se fala em afogamento, a SOBRASA alerta que, além das praias, os rios, lagos e represas também são locais de risco, e muitas dessas mortes podem acontecer, ainda, dentro de casa. Para David Szpilman, Secretário Geral da SOBRASA, a prevenção é a chave para mudar esse cenário, já que o afogamento é “rápido, silencioso e pode ser fatal, mas também altamente evitável.”
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“A conscientização e a adoção de comportamentos seguros nas atividades aquáticas podem salvar vidas. Durante o verão, é fundamental que todos estejam atentos aos riscos e às orientações de segurança, especialmente pais e responsáveis por crianças, que são as maiores vítimas desse tipo de acidente”, destaca Szpilman.
Vale ressaltar que, entre novembro de 2024 e janeiro deste ano, os casos de afogamento na região do Alto Tietê têm mostrado um aumento expressivo. Em todos os casos, pessoas entraram para nadar e não conseguiram sair, como aconteceu recentemente com um jovem de 19 anos, que morreu após entrar em um lago profundo na região rural de Mogi das Cruzes. Seu corpo foi encontrado após cinco dias de buscas pelo Corpo de Bombeiros.
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Verão seguro
Os casos de afogamento têm se tornado uma preocupação, principalmente para quem deseja aproveitar o verão com segurança. É importante que os banhistas sigam todas as medidas de precaução para evitar acidentes. Em resposta ao O Diário, a SOBRASA reforçou algumas ações preventivas que podem fazer a diferença na hora de curtir uma praia, piscina ou qualquer outro ambiente aquático. Confira:
Praias e rios
- Conheça o local: evite nadar em áreas desconhecidas ou onde há correntes fortes e perigos não sinalizados;
- Obedeça às sinalizações: siga sempre as orientações dos salva-vidas e as bandeiras de alerta;
- Nunca nade sozinho: prefira estar acompanhado e mantenha-se visível para os guarda-vidas.
Piscinas
- Supervisione crianças constantemente: um segundo de distração pode ser fatal. Mantenha-se a uma distância máxima de um braço da criança;
- Instale cercas e alarmes: barreiras físicas ajudam a evitar que crianças tenham acesso à água sem supervisão.
Em casa
- Mantenha baldes e tanques tampados: mesmo pequenas quantidades de água representam um risco para crianças pequenas;
- Evite distrações: ao cuidar de bebês próximos a banheiras ou tanques, evite o uso de celulares ou outras atividades paralelas.
Cachoeiras e lagos
- Avalie as condições climáticas: chuvas repentinas podem aumentar o fluxo e a correnteza, tornando a área perigosa;
- Use coletes salva-vidas: o uso desde equipamento é indispensável, especialmente em atividades como passeios de barco ou trilhas aquáticas.
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