Com lâmpadas queimadas, área do Parque Botyra também se torna ainda mais perigosa durante a noite. Comerciantes e passageiros que usam o transporte municipal afirmam que nem sistemas de monitoramento intimidam ações. Moradores de Mogi reclamam da falta de manutenção do Terminal Estudantes
A insegurança é um problema antigo na região do Terminal Estudantes e do Parque Botyra Camorim Gatti, em Mogi das Cruzes. Com lâmpadas queimadas, o local se torna ainda mais perigoso durante a noite e os atos de vandalismo preocupam quem passa pelo local. A administração afirma que faz trabalhos constantes de manutenção e que o parque conta com um totem de segurança, que substituiu as antigas bases da GCM (veja detalhes no fim da reportagem).
Em dezembro do ano passado, o Diário TV mostrou as reclamações de quem está sempre por lá. Na época, a Prefeitura disse que os dois espaços são monitorados pela Central Integrada de Emergências Públicas (Ciemp) e que a guarda municipal fazia rondas preventivas.
Também disse que iria solicitar a manutenção nos banheiros e que uma nova vistoria seria agendada para verificar o funcionamento das lâmpadas. No entanto, os frequentadores da região relatam que nada mudou nos últimos cinco meses.
“Não tem segurança nenhuma. A limpeza você vê que não é tão limpo quanto poderia ser. Mato crescendo, não tem mais nenhum cuidado como tinha no começo quando foi reaberto, não. Hoje em dia está bem abandonado mesmo”, afirma a técnica de enfermagem Helenice Monteiro Fernandes.
Comerciantes que atuam no local também estão insatisfeitos e dizem que as ações se tornaram mais frequentes. O parque até possui uma câmera de monitoramento da Prefeitura, mas não tem sido suficiente, como aponta Marcio Assis de Miranda.
“Dois anos atrás nós pedimos uma base da GCM aqui. Foi inaugurada a base da GCM e, em seguida, tiraram GCM. A base continua, mas os guardas sumiram daqui. De vez em quando eles passam aqui, mas a base continua vazia”.
Imagens da câmera de monitoramento de um comércio local flagraram o momento em que um homem chuta com força a porta de um carro estacionado, aparentemente um ato de vandalismo. “O cara quebrou o vidro do carro ali, quebrou a porta do carro de uma pessoa que trabalha no pró-emprego [Mogi Conecta]. Se a gente tem uma base da GCM aqui, inibe tudo”, conta.
Terminal estudantes, em Mogi das Cruzes, durante a noite
Reprodução/TV Diário
Por causa da situação, tem gente que evita até passar por essa área, como é o caso da Helenice. “Não tenho coragem, fico com medo. Faço até a volta se for preciso”.
“Eu chego aqui 3h30. Abro o trailer 3h30, eu e minha esposa, só estamos nós dois. Se chegar alguma pessoa com faca, revólver, você fica sem ação porque não tem pra onde correr”.
Quem depende do terminal de ônibus, reclama da situação de abandono por aqui. “Falta de investimento. Precisa evoluir um pouco mais em relação a isso. Não só no terminal, mas na cidade de Mogi das Cruzes”, lamenta a técnica de enfermagem Larissa Fernandes Penhalves.
“Passa a viatura aqui esporádico. Tem muitos frequentadores aqui usuários de drogas e tem tráfico de drogas aqui também. Bastante [vandalismo] se entrar aqui no banheiro você vai ver. Vaso sanitário quebrado, torneira que não funciona”, diz o motorista Marcos Rômulos.
O que diz a Prefeitura
A administração municipal informou que realiza ações de manutenção com frequência no terminal. Falou ainda que os pontos mostrados na reportagem serão verificados. Quanto à segurança, disse que o Parque Botyra tem um totem de segurança, que substituiu as antigas bases da GCM.
O equipamento conta com uma câmera de monitoramento e um interfone conectado com a central. Ainda segundo o município, a guarda realiza rondas constantes e, em casos de emergência, o morador pode ligar pro 190 ou 153.
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Frequentadores reclamam de atos de vandalismo e de insegurança na região do Terminal Estudantes, em Mogi
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