Após alta em 2022, casos de dengue caem 36,7% entre janeiro e abril no Alto Tietê


Segundo dados enviados pelas prefeituras, região confirmou 360 casos da doença nos primeiros quatro meses de 2023. Desde 2021, apenas uma morte pela doença foi notificada na região. Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue
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Após registrar aumento de 187% em 2022, os casos de dengue voltaram a cair no Alto Tietê. Entre janeiro e abril de 2023, a região notificou 360 testes positivos da doença, o que representa uma baixa de 36,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os dados foram enviados pelas prefeituras a pedido do g1 e incluem informações de Arujá, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Santa Isabel e Suzano. Biritiba Mirim e Salesópolis não responderam aos questionamentos.
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Apesar da diminuição, o número ainda é maior do que o observado nos primeiros quatro meses de 2021. Vale destacar, porém, que naquele período a pandemia da Covid-19 atingia um de seus níveis mais altos, o que pode ter levado à subnotificação de outras doenças.
Da mesma forma, entre janeiro e dezembro de do ano retrasado as cidades notificaram 532 casos de dengue. Em 2022 foram 1,6 mil. Ao longo desse período, até abril de 2023, um óbito por dengue foi confirmado no Alto Tietê. A vítima era de Suzano e morreu no ano passado.
Na comparação entre os municípios, a maior redução foi em Itaquaquecetuba, que de 197 casos em 2022, foi para 40 este ano (-79,7%). Na sequência estão Guararema e Poá, que registraram 15 no ano passado e, agora, tiveram 8 e 9, respectivamente.
Ainda de acordo com dados das prefeituras, Suzano foi de 118 casos nos primeiros quatro meses de 2022 para 76 em 2023 (-35,6%). Já em Ferraz de Vasconcelos, a redução entre os anos foi de 166 para 156 confirmações da doença (-6%).
Em Mogi das Cruzes, o índice foi o mesmo nos dois períodos, com 9 casos. Apenas Santa Isabel e Arujá tiveram aumento nas infecções por dengue. Na primeira, o índice passou de 2 para 13, enquanto a segunda foi de 47 para 49.
Dengue no Brasil
Até o início de abril, mais de 370 mil casos de dengue haviam sido confirmados em todo o país. No mesmo período, 173 pessoas foram vitimadas pela doença.
Os dados são do Ministério da Saúde e apontam também que, desde o começo do ano, 75% dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros tinham notificado ao menos uma ocorrência.
Um levantamento realizado pelo g1 ainda indica que 2022 foi o ano mais mortal para a dengue no Brasil, com um total acumulado de 1.016 mortes.
Ações de combate
O g1 questionou os municípios do Alto Tietê sobre o que tem sido feito para combater o Aedes aegypt, mosquito transmissor da dengue e, consequentemente, reduzir manifestações da doença. Confira abaixo o que as prefeituras responderam:
Arujá
A Prefeitura informou que realiza busca ativa de focos criadouros em imóveis; nebulização com inseticidas nas áreas com casos positivos ou alta incidência de suspeitos; nebulização espacial com pulverização periódica de larvicida em toda região urbana.
A cidade ainda atua com a operação Bairro Limpo, que recolhe pneus e materiais inservíveis e/ou acumuladores de água; com o programa Saúde nas Escolas, com desenvolvimento de atividades voltadas ao público infantil dentro das escolas selecionadas; além da cobertura das caixas d’água com telas durante as vistorias nas residências.
Outro trabalho envolve o monitoramento de pontos estratégicos com alto risco de desenvolvimento de criadouros, como borracharias e oficinas mecânicas.
Ferraz de Vasconcelos
De acordo com a administração municipal, agentes de controle de endemias têm realizado vistorias e visitas domiciliares o ano inteiro com ações educativas em todo o município e nos bairros onde aparecem o mosquito da dengue. “As ações foram fortalecidas e intensificadas, inclusive com a densidade larvária para saber onde o mosquito está presente”, pontua.
A Secretaria de Saúde de Ferraz informa que também conta com a ajuda da população para reduzir estes índices, incentivando cada morador a fazer a sua parte, evitando o acúmulo de materiais que possam servir como criadouros para o mosquito e alertando os moradores sobre a devida armazenagem correta em suas casas.
Guararema
O município informou que realiza controle de criadouros do mosquito transmissor da dengue em locais onde existem casos suspeitos da doença, além de promover ações de visitas a imóveis, orientação e conscientização da população, inclusive nas escolas, com as crianças.
Itaquaquecetuba
A Secretaria Municipal de Saúde destacou que está reforçando as ações de prevenção à dengue e demais arboviroses. “Os trabalhos consistem no acompanhamento dos agentes comunitários e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que realizam bloqueios em regiões endêmicas e fazem o acompanhamento do índice larvário do vetor Aedes aegypti, além de ações educativas, controle de pontos estratégicos e fiscalização de possíveis focos”.
Mogi das Cruzes
A Prefeitura informou que o combate à dengue está entre as prioridades da Secretaria Municipal de Saúde. As ações são realizadas por meio do Centro de Controle de Zoonoses, que mantém o Programa Municipal de Vigilância e Controle de Arboviroses (dengue, febre de chikungunya, zika, febre amarela urbana).
“A equipe promove ações permanentes de combate e prevenção principalmente ao Aedes aegypti, com objetivo de reduzir a incidência de focos do mosquito e casos da doença. São promovidas diversas atividades como vistorias, orientações, ações educativas e trabalhos para eliminação de focos, entre outro”.
Poá
Não respondeu aos questionamentos.
Suzano
A cidade informou que, no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde, as ações estão voltadas para as visitas no território frente à notificação de casos. Além disso, é realizada a ação de intensificação aos sábados, visitando imóveis em áreas com maior incidência de casos. Vistoriando e orientando quanto aos possíveis criadouros.
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