De noite, o espaço será reservado para filmes que marcaram a história da sétima arte com a mostra “Clássicos do Cinema” e o primeiro a ser exibido já nesta quarta (05/06) é “Frankenstein”, de 1931, com o ator inglês Boris Karloff e direção do compatriota James Whale. O filme é baseado no livro mundialmente famoso da britânica Mary Shelley, de 1818, em que o jovem cientista Victor Frankenstein está obcecado em provar sua teoria de criação de vida a partir dos mortos e consegue trazer à luz um dos monstros mais famosos da literatura e do cinema. A classificação indicativa é de 12 anos.
Na quarta-feira seguinte (12/06), a mostra “Kinoforum de curtas metragens!” traz os filmes “Como se rouba a cena no cinema”, “Cabresto”, “Pronto pra recomeçar” e “As faces de Mateus”, produzidos pelos jovens de Cotia, cidade a oeste da Grande São Paulo. Já na mostra “Clássicos do Cinema”, o longa-metragem “Um Cão Andaluz”, de 1929, com uma história surrealista baseada em sonhos, é exibido com classificação indicativa de 16 anos. A obra conta com a direção, atuação e coprodução do roteiro do espanhol Luis Buñuel, que ainda teve a colaboração no texto e atuação do pintor Salvador Dalí.
No dia 19, os curtas “Lampejo”, “Lírio vermelho” e “Nuance” são dos alunos do SPCine, entidade localizada no centro de São Paulo. Na sessão noturna, que desta vez possui classificação indicativa para 12 anos, traz o documentário “Um homem com uma câmera”, de 1929, que mostra um dia bastante típico durante os anos 1920 em uma cidade da União Soviética vista aos olhos de um cinegrafista. A direção é de Dziga Vertov, sendo considerada uma obra de vanguarda do gênero.
A última quarta-feira do mês (26/06) apresenta curtas-metragens dos alunos do Serviço Social do Comércio (Sesc) de Guarulhos, com “T.O.C”, “Caminhos esquecidos”, “Não partimos” e “Eu sou e serei o que eu quiser ser”.
E finalizando a programação, o clássico “O Encouraçado Potemkin”, de 1925, conta a história de uma rebelião no navio de guerra Potemkin, da Marinha Imperial Russa, em 1909, contra oficiais superiores em razão da utilização de carne estragada para alimentação dos marinheiros. O longa, indicado para pessoas com 12 anos ou mais, tem Serguei Eisenstein na direção e é considerado um dos melhores filmes do mundo pela Feira Mundial de Bruxelas, em 1958, e pelo British Film Institute, servindo de inspiração para outras obras cinematográficas, entre elas “Os Intocáveis”, de 1987, dirigido por Brian de Palma.
Para o secretário Municipal de Cultura, José Luiz Spitti, a programação diversificada do Cineteatro é uma excelente oportunidade para democratizar o acesso ao cinema e promover a formação cultural na cidade, porém, esta edição tem um atrativo a mais por exibir filmes produzidos por jovens da periferia da capital e por trazer clássicos que contribuíram para a construção do cinema mundial. “Nossa intenção é oferecer ao público um mix de produções que revelam novos talentos e obras consagradas que marcaram a história da sétima arte e ajudaram a construir este meio de entretenimento como conhecemos hoje. As sessões são uma oportunidade única para que todos possam apreciar e refletir sobre diferentes estilos e narrativas cinematográficas”, afirmou Spitti.