De acordo com os dados divulgados pela Fuvest 2024, vestibular para cursar o ensino superior na Universidade de São Paulo (USP), a relação de candidato por vaga – índice que mostra quantas pessoas concorrem a uma mesma vaga – para o curso de Engenharia Civil é de 11.7, com 43 vagas para 505 inscritos. Em Mogi das Cruzes, seguindo essa mesma linha de raciocínio, as 23 cadeiras da Câmara Municipal serão disputadas por 361 candidatos, uma relação de 15.7 candidatos por vaga, o que torna o Legislativo mogiano mais disputado do que a formação em engenharia na USP.
Nas eleições de outubro, além de decidir o nome do próximo prefeito ou prefeita da cidade, Mogi das Cruzes também irá eleger 23 pessoas para ocupar a Câmara Municipal durante os próximos quatro anos. E, assim como a disputa pelo Executivo se mostra bastante acirrada, quem está em busca de uma cadeira no Legislativo vai precisar se esforçar.
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Na coligação “Compromisso e Amor por Mogi das Cruzes”, que apoia a candidata Mara Bertaiolli (PL), são 144 candidatos a vereador ao todo, sendo 24 para cada um dos seis partidos que compõem a coligação.
O cenário é parecido na coligação “Coragem para fazer a diferença”, que escolheu Caio Cunha (Podemos) para ser o seu candidato. No total, a chapa terá 96 nomes tentando uma vaga na Câmara Municipal, com 24 por partido.
Já a coligação “Mogi da Prosperidade”, representada por Rodrigo Valverde (PT), tem 121 candidatos tentando o Legislativo. A quantidade de nomes varia, no caso desta chapa, varia de partido para partido, com o PT liderando os demais nove com 14 candidatos.
Como funciona a eleição para vereador?
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o sistema que define o cenário da Câmara Municipal é o proporcional. Nesse modelo, quem recebe as vagas são os partidos, e não os candidatos – como é o caso da majoritária.
Nesse sistema, os eleitores escolhem o seu candidato entre aqueles apresentados pelo partido. A partir daí, entre os partidos vitoriosos que conseguiram o número mínimo de votos, são escolhidas as candidaturas mais votadas para ocupar as vagas conquistadas pelo partido.
“O cálculo é feito a partir dos chamados quocientes eleitoral (QE) e partidário (QP). O quociente eleitoral é definido pela soma do número de votos válidos (votos de legenda e votos nominais, excluindo-se os brancos e os nulos), dividida pelo número de cadeiras em disputa. Somente os partidos que atingem o quociente eleitoral têm direito a alguma vaga”.
O post Câmara de Mogi é mais disputada do que curso de Engenharia Civil na USP apareceu primeiro em O Diário de Mogi.