Segundo o professor e historiador Mario Sérgio de Moraes, os japoneses chegaram em Mogi das Cruzes em 1919. Um desses imigrantes é o ceramista Akinori Nakatanil, que nasceu em Osaka, no Japão, e chegou na cidade em 1978. 115 anos da imigração japonesa: 9% da população de Mogi é descendente ou imigrante
A imigração japonesa no Brasil completa 115 anos neste domingo (18). O professor e historiador Mario Sérgio de Moraes conta que os japoneses chegaram no país no dia 18 de junho de 1909 e, em Mogi das Cruzes, a chegada aconteceu em 1919.
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Um desses imigrantes é o ceramista Akinori Nakatanil, que nasceu em Osaka, no Japão, e chegou na cidade em 1978. O imigrante, junto da esposa e da filha, é o principal responsável pela restauração do Casarão do Chá – um dos mais importantes símbolos da cultura japonesa no país.
Nakatani relata que, como a cidade tem muitos japoneses, a cultura oriental acaba sendo muito forte e isso ajuda a matar a saudade do país de onde veio.
“A cultura japonesa, mesmo estando dentro de outra cultura, não se perde. Sempre manter a tradição é um aspecto muito forte dos japoneses”, afirma a ceramista Miha Nakatani.
Além do Casarão do Chá, o Parque Centenário também retrata a cultura japonesa na cidade. O espaço, construído entre 2007 e 2008, foi criado para homenagear os 100 anos da imigração japonesa no Brasil. Alguns símbolos do parque já não estão mais no local, como a ponte que ligava um lado a outro de um dos lagos e um navio.
O secretário adjunto de Meio Ambiente e Proteção Animal, André Saraiva, explica que a ponte foi retirada por questões de segurança e o navio, como era feito de madeira, se deteriorou e precisou ser desmontado.
Expansão da agricultura
Segundo o professor e historiador Mario Sérgio de Moraes, o Japão passava por uma crise econômica muito grande na época. “O Brasil, naquele tempo, era duas vezes mais rico que o Japão – mesmo sendo um país subdesenvolvido. Então os japoneses, que já eram agricultores, vieram para cá com a ideia de que encontrariam melhores condições”.
“A princípio, os imigrantes foram para o oeste paulista mas tiveram muitas dificuldades, principalmente de adaptação climática. Na época, o médico Sentaro Takaoka indicou que os imigrantes viessem para Mogi das Cruzes, já que o clima era parecido com o do Japão”.
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