Felipe Lima, biólogo e observador de pássaros, de 31 anos, estava acompanhado do também biólogo, Ricardo Silva, de 44 anos, e pararam na estrada para ver as aves na várzea do rio, no último sábado (5), quando tiveram uma grande surpresa. A ave ainda estava no local nesta quinta-feira (10), de acordo com Lima. Morador do Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo, o biólogo frequenta Suzano para trabalho e lazer. Ele encaminhou algumas fotos à reportagem. Os registros são do fotógrafo Gabriel Iauci Pereira.
Ele afirma que a espécie nunca foi registrada na região. “Parei às margens da estrada para observar as aves da várzea e me deparei com uma ave nunca registrada na Região Metropolitana”, disse Felipe.
Como o próprio nome diz, a ave reside no Chile e é migratória. “Ela reside no Chile e faz migrações e, esporadicamente, aparece em outros países da América do Sul”, explica Felipe. “Quando aparece no Brasil, geralmente é no Rio Grande do Sul, mais próximo de onde ela vive. Chamamos, na biologia, de ‘indivíduo errante’. É uma ave que se perde por algum motivo e acaba parando em um lugar onde ela não ocorre”, complementa.
A alimentação do Flamingo-Chileno é composta por invertebrados aquáticos, sementes e algas. Lima explica que, embora bastante poluída, a área abriga bastante vida. “Registramos mais de 60 espécies de animais ali”, afirma. “O Flamingo-chileno estava entre as várias espécies que compõem a fauna da várzea do Rio Tietê, demonstrando sua importância de sua preservação para diversos animais”, finalizou.