Movimento ‘Pedágio Não’ discute possibilidade de pedágios na Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga com Governo de SP

Reunião aconteceu com o secretário estadual de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini. Encontro teve o objetivo de falar sobre a visão que a cidade tem sobre a possibilidade de instalação de praças de pedágio e o prejuízo que traria para a região. Movimento ‘Pedágio Não’ discute possibilidade de pedágios na Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga
Os integrantes do Movimento “Pedágio Não” participaram de uma reunião com o secretário estadual de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, na manhã desta quinta-feira (14), para discussão sobre a possível instalação de pedágios nas rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga.
O fundador do movimento, Paulo Boccuzzi, explica que a reunião teve o objetivo de falar sobre a visão que a cidade tem sobre a possibilidade de instalação de praças de pedágio e o prejuízo que traria para a região. O pedido de suspensão da audiência da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) feito pela Prefeitura de Mogi das Cruzes também foi um dos tópicos da reunião.
“Ficamos na audiência por mais de 5h, sem qualquer tipo de suporte, sem alimento, sem ar-condicionado, uma audiência tumultuada e que não cumpre com o protocolo que é preciso ter para colocar em prática um projeto dessa magnitude. Infelizmente não fomos bem atendidos e essa oportunidade de audiência não completou a finalidade que tinha”, lamenta.
LEIA TAMBÉM:
PGE confirma suspensão de pedido de liminar feito pela Prefeitura de Mogi sobre andamento do lote Litoral Paulista
Boccuzzi afirma ainda que o Governo mostra estar acessível para promover ajustes que tragam melhorias para o projeto. Um exemplo é o totem que neutraliza a cobrança para as pessoas que moram em Mogi das Cruzes e trabalham no distrito Taboão.
“Nós falamos também sobre um grande problema do projeto que está relacionado a alça de acesso, o único retorno que tem na Mogi-Dutra no km 43, que atende vários bairros da cidade, como o Aruã, Piatã, Jardim Margarida, Novo Horizonte e grande parte dessas pessoas que acessam essa alça para irem até a capital estariam pagando um pedágio correspondente a 9 km de rodovia, sendo que estariam acessando por apenas 1 km. Há uma grande distorção”.
“Em relação a isso, o secretário demonstrou que poderia estar reavaliando para que um novo totem possa fazer a cobrança apenas por esse 1 km que os moradores desses bairros usariam da rodovia.O Governo continua demonstrando que está aberto a fazer ajustes no projeto para reduzir o impacto na região”.
“Quando falamos sobre a inviabilidade da instalação de pedágios na Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga, eles não concordam e se mostram irredutíveis. Nesse ponto eles ainda são muito resistentes, mas acredito que a mobilização da população pode fazer a diferença”, conclui.
Relembre
No início do mês, o Governo Estadual retomou a posição de estudar a instalação da cobrança de pedágio nas rodovias Mogi-Bertioga e Mogi-Dutra. Além disso, anunciou que a Mogi-Dutra pode contar com dois pedágios, o que já estava previsto no estudo, em Mogi das Cruzes, e outro no trecho de Arujá.
Em 2021, o ex-governador Rodrigo Garcia havia cancelado a concessão do lote Litoral, onde Mogi das Cruzes estava inserida. Já em janeiro deste ano, a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) confirmou que as rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga estão incluídas nas análises e estudos do projeto de concessão do lote Litoral Paulista.
Em nota, a Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) informou que as rodovias SP-055, SP-088 e SP-098 fazem parte do projeto de Parceria Público-Privada (PPP) de rodovias estaduais no litoral paulista, no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP). Os estudos estão em andamento. Em maio, o Governo do Estado de São Paulo anunciou que as rodovias podem passar a recolher tarifa de motoristas no sistema ‘free flow’, também conhecido como pedágio de cobrança automática.
A SPI informou ainda que a Rota do Sol não foi incluída no projeto do Lote Litoral a pedido do prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (Podemos). A pasta ainda disse que o projeto sofreu reformulação, tornando-o mais viável e com cobrança de tarifas mais justas aos usuários.
LEIA MAIS:
RELEMBRE: o que dizia o edital da Artesp sobre o pedágio nas rodovias do Alto Tietê
Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga estão incluídas em estudos de concessão do lote Litoral Paulista, confirma Artesp
A SPI informou ainda que a Rota do Sol não foi incluída no projeto do Lote Litoral a pedido do prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (Podemos). A pasta ainda disse que o projeto sofreu reformulação, tornando-o mais viável e com cobrança de tarifas mais justas aos usuários.
Segundo a SPI, o modelo anterior previa a concessão do serviço à iniciativa privada, agora ele passa a ser uma parceria público-privada (PPP), na qual o Governo de São Paulo irá custear R$ 5,3 bilhões em contraprestação ao longo dos 30 anos previstos. Os recursos deverão ser aportados na implementação de investimentos e operação dessas rodovias.
Assista a mais notícias sobre o Alto Tietê

Adicionar aos favoritos o Link permanente.