Eles afirmam que desde o deslizamento de terra no bairro Nova Louzada o transporte público ficou pior. Prefeitura afirma que nesta segunda-feira fará vistoria em trecho para liberar a passagem do ônibus. Deslizamento de terra causa transtorno a moradores de Itaquaquecetuba
Há cinco meses um deslizamento de terra mudou a rotina dos moradores do bairro Nova Louzada, em Itaquaquecetuba. Um deles é conseguir usar o transporte público.
Um ponto improvisado foi instalado na Rua Águas Formosas, no Jardim Louzada, para que os passageiros da linha 7 consigam fazer uma baldeação.
O deslizamento interditou a Rua Jandira que fazia parte do trajeto do ônibus. Com as interdições, o itinerário do coletivo mudou.
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Agora os passageiros precisam descer em um ponto que fica no fim de uma escadaria para seguir viagem.
A situação tem dificultado a vida do ajudante geral Natanael Teixeira da Silva. Ele trabalha em um shopping que fica às margens da Rodovia Mogi-Dutra. Antes ele ia direto para o trabalho, mas agora precisa pegar dois ônibus. “Por conta de um problema que teve de um barranco que caiu, o ônibus parou de passar pelo local que a gente passava antes. E era mais tranquilo. Eu não precisava sair tão cedo de casa, ficar esperando. Muitas vezes eu chegou cedo demais na loja que eu trabalho e tenho que ficar esperando até dar o meu horário. Tô tendo que readaptar toda a minha rotina, tô tendo que sair de casa mais cedo e chegando em casa mais tarde.”
Além do transtorno no deslocamento, o jovem de 19 anos tem dificuldades de locomoção. Então para subir e descer o escadão é até perigoso. “Por conta da minha deficiência física atrapalha um pouco. Muitas vezes quando chego no local para pegar o ônibus, o ônibus tem passado e eu tenho que ficar esperando outro.”
A mãe do jovem Maria Fernandes Teixeira fica muito preocupada com o filho. “Desesperada quando ele sai de manhã para trabalhar eu já fico preocupada que às vezes ele cai aqui, as pessoas empurram, não tem paciência. O ônibus tá lá embaixo desce todo mundo correndo e ele fica para trás. E ele grita para o motorista esperar. Quando tem muita gente não tem como o motorista esperar e é aí que ele espera o próximo e chega todo dia atrasado.”
Segundo os passageiros, a situação está assim há dois meses. O ponto adaptado não era parada de ônibus e fica bem em uma curva e sem nenhuma estrutura. “Tá horrível por causa dessa obra que está tendo aí, esse desvio. A gente tem que ficar se desviando toda vez, descendo esse escadão. A gente tem que acordar mais cedo para poder chegar no serviço mais cedo por causa desse desvio da rota”, conta o ajudante geral Igor Soares dos Santos.
Quem precisa fazer a baldeação também reclama sobre o tempo de espera do ônibus. No dia em que a nossa equipe esteve no local, o intervalo foi de aproximadamente 45 minutos. “Aí agora eu tenho que pegar o hospital descer no Caiuby, pegar o Louzada descer aqui para poder descer essa ladeira para poder pegar outro”, explica a auxiliar de limpeza Adriana Meneses.
Para quem mora no bairro, a baldeação improvisada também afetou a rotina. “Aqui é uma rua super tranquila agora já não é mais. Onde as crianças poderiam brincar ou ficar até mais na rua hoje já não dá porque o trânsito é bem mais intenso”, observa Natalia Aparecida.
A expectativa dos passageiros e dos moradores é que o improviso tenha uma solução definitiva o quanto antes.
A Prefeitura de Itaquaquecetuba informou que na última sexta-feira a rua que teve o deslizamento de terra foi liberada. Sobre o problema com o transporte dos passageiros, a Prefeitura afirmou que nesta segunda-feira técnicos da Secretaria Municipal de Transportes estão no local para realizar uma vistoria no trecho para liberar a passagem do ônibus pelo local e restabelecer o transporte coletivo no bairro.
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