Vagas em abrigos correspondem a 62% da população de rua estimada no Alto Tietê


Região tem pelo menos 407 vagas em abrigos e uma população de rua estimada em 653 pessoas. Ginásio Professor Hugo Ramos, em Mogi das Cruzes, recebe pessoas em situação de rua em dias de frio intenso
TV Diário/Reprodução
As vagas em abrigos correspondem a 62% da população de rua estimada no Alto Tietê. A região tem pelo menos 407 vagas em abrigos e uma população de rua estimada em 653 pessoas. Essa população está espalhada nas nove cidades do Alto Tietê que responderam aos questionamentos do g1. Apenas Biritiba-Mirim não enviou as informações solicitadas pelo g1.
Na região sete cidades oferecem abrigos para pernoite para essa população. Outro serviço oferecido pelos municípios ao longo do ano é a abordagem social. Ele permite o mapeamento da população de rua, que é flutuante, e a inclusão em programas sociais e assistenciais, assim como encaminhamento para atendimento de saúde, renovação de documentos e fortalecimento do vínculo familiar.
Confira o atendimento às pessoas em situação de rua nas cidades do Alto Tietê
Arujá
A Prefeitura de Arujá informou que o município tem seis pessoas em situação de rua de acordo com mapeamento do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). Desde 2 de junho, o abrigo temporário do Projeto Acolher funciona no município com capacidade para abrigar cerca de 20 pessoas.
De acordo com a Prefeitura, o local serve como espaço de acolhimento onde as pessoas em situação de rua que estiverem na cidade poderão pernoitar. Durante a estadia será realizado um mapeamento dos acolhidos, atualizado diariamente, a fim de encaminhá-los para outros setores, como consultas médicas, atualização de vacinação, atendimentos no Cadastro Único, Poupa Tempo e Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), onde poderão ser inseridos nos programas socioassistenciais, dependendo dos requisitos necessários. As pessoas acolhidas têm acesso a alimentação, cobertas, roupas e kits de higiene. Além de terem seus animais abrigados e alimentados em outro local dentro do abrigo.
Segundo a Prefeitura, ao longo de todo o ano a Secretaria de Assistência Social faz um trabalho contínuo com as pessoas em situação de rua por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). Diariamente são realizadas abordagens sociais onde é feito o mapeamento da quantidade de pessoas nesta situação que estão presentes na cidade e, a partir deste mapeamento, é possível oferecer os demais serviços, como inclusão dos mesmo em programas socioassistenciais, encaminhamento para saúde, renovação de documentos e fortalecimento do vínculo familiar. Além de entregar alimentação e cobertas, quando necessário.
A Prefeitura destaca que estas abordagens sociais são feitas diariamente durante o dia e de uma a duas vezes por noite. Já com a chegada do inverno, com o Projeto Acolher devidamente instalado, as abordagens noturnas também são diárias, podendo ser realizadas mais vezes, caso haja demanda.
O encaminhamento para o abrigo pode ser feito por demanda espontânea, via disque 153 da Guarda Civil Municipal (GCM) de Arujá, pelo contato da unidade Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) 4651-3293, ou por meio das abordagens sociais, que são realizadas todas as noites pelas equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social.
Ferraz de Vasconcelos
A Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos informa que a quantidade de pessoas em situação de rua é um dado sazonal, uma vez que muitas das pessoas se encontram em trânsito. Contudo, segundo os dados do Serviço de Acolhimento de Adultos e Famílias (Saiaf) em março o município registrou 39 pessoas em situação de rua na cidade. O Saiaf oferece pernoite, banho e alimentação para a população de rua. O município tem 30 vagas para atendimento.
De acordo com a Prefeitura, as estratégias para lidar com a vulnerabilidade e as questões meteorológicas seguem sendo os serviços socioassistenciais já existentes, como Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e Serviço de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias (SAICA).
O Saiaf está localizado na Rua Getúlio Vargas, 293, na Vila Romanopolis, e atende de forma contínua, 24h por dia. 
Guararema
A Prefeitura de Guararema informa que existem sete pessoas vivendo em situação de rua no município.
De acordo com a Prefeitura, a cidade conta com uma equipe de abordagem social que realiza as abordagens nas áreas centrais, com intuito de identificar estas demandas para atendimento no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), a fim de verificar possibilidades do restabelecimento de vínculos. 
A administração municipal destaca que o trabalho consiste na abordagem social, identificação e encaminhamentos para rede de proteção, visando desenvolvimento da autonomia e superação da condição posta.
Itaquaquecetuba
A Prefeitura de Itaquaquecetuba informa que contabiliza uma média de 40 pessoas em situação de rua na cidade. 
A cidade promove a Operação Noites Frias para ampliar o acolhimento às pessoas em situação de rua. A operação possui três frentes: atendimento na praça central no início da noite, acolhimento no albergue durante a madrugada, além de alimentação e higienização no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) no decorrer do dia.
Uma base foi montada na praça Padre João Álvares, no Centro, para oferecer chocolate quente, chá, cobertores, itens de inverno como luvas, meias e moletons, além de transporte para quem desejar ir para o albergue. O atendimento é feito das 18h às 22h.
O albergue municipal oferece 30 vagas com jantar e local para dormir. Durante o dia, o Centro POP oferece banho, roupas limpas, café da manhã e almoço, além de atendimento especializado.
O Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua fica na Avenida João Barbosa de Morais, 994, Vila Virgínia.
Já o albergue municipal fica na Avenida Ítalo Adami, 2.480, Vila Ursulina e funciona das 19h às 7h.
Mogi das Cruzes
A Prefeitura de Mogi das Cruzes informa que a cidade conta com seis unidades de acolhimento institucional destinadas a pessoas em situação de rua que ofertam atualmente 186 vagas. Nesses locais, as pessoas recebem atendimento integral, incluindo alimentação, higienização e pernoite, além de atendimento psicossocial, conforme necessidade.
Esse número total de vagas em acolhimento foi atingido no início deste ano com a abertura de mais um serviço na modalidade pernoite, dotado de 30 vagas. Além dessas vagas desde 2 de junho acontece a Operação Inverno.
A ação no Ginásio Municipal de Esportes Professor Hugo Ramos acolhe emergencialmente a população de rua.
De acordo com a Prefeitura, o ginásio recebeu ampla estrutura para acolher as pessoas em situação de rua. Além do pernoite com camas, travesseiros e cobertores, as pessoas terão acesso à higienização, alimentação e também roupas, conforme doações, que serão destinadas pelo Fundo Social que atua em parceria com a Assistência Social. As roupas e agasalhos também podem ser doados diretamente no ginásio a partir das 19h.
Assim como nos últimos dois anos, os animais de estimação das pessoas em situação de rua serão acolhidos. No total são 30 vagas a cada noite
Segundo a Prefeitura durante todo o ano é feito um trabalho de abordagem social à população de rua, que localiza este público e trabalha no convencimento e tentativa de encaminhamento das mesmas para outros equipamentos e serviços, buscando retirá-los da situação de risco. E há ainda o Centro POP, que é a unidade de referência no atendimento a esse público.
Estima-se atualmente a presença de 350 pessoas em situação de rua em Mogi das Cruzes, sendo que cerca de 180 estão inseridas em abrigos ou casas de passagem.
Poá
A Prefeitura de Poá destaca que neste período de frio as vagas para o albergue municipal foram ampliadas de 30 para 45 vagas. A Prefeitura não informou o número de pessoas em situação de rua no município.
De acordo com a Prefeitrua no albergue é oferecido pernoite e também alimentação (café da manhã, almoço e jantar) e o equipamento conta com uma equipe de suporte e um profissional técnico que realiza atendimento e acompanhamento dessas pessoas, facilitando a conquista de documentos pessoais, a inclusão em programas sociais pelo Cadastro Único, o acesso ao mercado de trabalho, a reinserção familiar quando possível ou retorno à cidade de origem.
A Prefeitura destaca que também são feitas ações de abordagem social que foram intensificadas neste período com uma equipe especializada, em que consiste no deslocamento de profissionais para os espaços públicos a fim de identificar as situações de rua, os motivos e realizar os devido encaminhamentos em ações integradas junto às demais políticas públicas como saúde, geração de trabalho e renda, habitação e segurança pública. 
Santa Isabel
A Prefeitura de Santa Isabel informa que 11 pessoas vivem em situação de rua no município. A cidade conta com uma casa de passagem que tem 16 vagas e oferece acolhimento, banho, alimentação, pernoite, recambio quando necessário e documentação.
De acordo com a Prefeitura, desde o início de maio acontecem abordagens sociais com encaminhamentos, orientações e acolhimento e/ou pernoite.
Salesópolis
A Prefeitura de Salesópolis informa que não existem pessoas em situação de rua na cidade e nem abrigos. A Prefeitura destaca que a Secretaria de Assistência Social faz abordagem e localização da família no caso das pessoas em trânsito no município, uma vez que, não existem pessoas em situação de rua na cidade.
Suzano
A Prefeitura de Suzano informa que existem cerca de 200 pessoas em situação de rua no município. “No entanto, o número pode variar, visto que se trata de uma população flutuante.”
De acordo com a Prefeitura, o município ampliou recentemente para 80 o número de vagas nos serviços de acolhimento. Até então, o público em situação de rua tinha à disposição o Centro Social Bom Samaritano (rua General José Galetti, 12, Jardim Nazareth), administrado pela entidade Cáritas Suzano, e agora também pode contar com a Casa de Passagem (avenida Antônio Marques Figueira, 1.850, Vila Figueira), gerenciada pela Associação Emaús. Esses locais oferecem banho, alimentação, acolhimento para pernoite e orientação social.
A Prefeitura destaca que o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) tem intensificado as abordagens noturnas – que já são frequentes – para ofertar o serviço de acolhimento e mantas ao público em situação de rua. Segundo a Prefeitura, a iniciativa também permite entender as demandas mais urgentes, proporcionar reingresso social e indicar e viabilizar atendimentos.
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