Sheila mira PL de Mara, afaga Caio Cunha e explica participação no 8/1

A professora Sheila Mantovanni (PMN), candidata à Prefeitura de Mogi das Cruzes, fez duras críticas ao partido da candidata Mara Bertaiolli, o PL, e aos seus aliados, como o ex-prefeito Marco Bertaiolli e o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto. Para Sheila, o partido “não está preocupado com a ideologia da direita”. 

A candidata foi entrevistada pelo O Diário nesta sexta-feira (30), sendo a terceira da série de entrevistas com os prefeituráveis. A conversa, conduzida pelo jornalista Saulo Tiossi, vai ao ar às sextas-feiras, às 10h, e conta com transmissão ao vivo pelas redes sociais do O Diário. Quem não conseguir acompanhar ao vivo, pode, também, assistir a gravação – que fica disponibilizada no YouTube. A entrevista também pode ser acompanhada por áudio, em formato podcast, pelo canal do Spotify de O Diário, o DiárioCast.

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Veja a entrevista completa:

Relação com o PL

Durante a entrevista – e por conta de seu histórico – Sheila foi questionada sobre a sua relação com o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a candidata, ela chegou a cogitar a legenda para se lançar como candidata à Câmara, mas diferentes divergências com o partido fizeram com que ela se distanciasse e, eventualmente, optasse por disputar a prefeitura pelo PMN.

“Eu tentei várias vezes conversar com o PL aqui em Mogi, mas por muitas vezes eu recebi uma negativa. Cheguei até a ouvir um burburinho de que como eu era patriota e era honesta, era bom não entrar no partido”, contou.

Outro ponto que Sheila destacou foi a resposta dos parlamentares do PL durante o episódio de 8 de janeiro de 2023. Segundo a candidata, “ninguém do partido se dispôs a sequer perguntar como estavam os patriotas”.

Participação no 8/1

Sheila explicou, durante a entrevista, a sua participação no ato golpista. Ela conta que o objetivo era buscar esclarecimentos sobre as eleições presidenciais de 2022 e exigir uma resposta do Exército. Sheila ressaltou que “não há provas concretas” sobre os crimes de que foi acusada e que, durante o tempo que ficou presa, sua preocupação era que sua família pensasse que ela teve participação nos atos de vandalismo.

“Eu costumo falar que o que aconteceu ali com certeza vai ser esclarecido. Eu fui vítima do sistema, mas eu não gosto de me colocar como uma. Eu saí de lá fortalecida e, por isso, decidi entrar na política.”

Opinião sobre Caio Cunha

Questionada sobre a sua visão sobre os demais participantes do pleito municipal, Sheila relembrou que apoiou o atual prefeito Caio Cunha (Pode) durante as eleições de 2020. Ela conta que escolheu o então candidato para “sair do sistema”. Na época, Caio Cunha disputava a prefeitura com Marcus Melo (PSDB). Entretanto, com o passar do tempo, a candidata disse que passou a se decepcionar com posturas adotadas pelo prefeito e que isso custou seu apoio.

“Eu gosto muito do Caio, mas eu acho que na prefeitura ele perdeu muito da ‘facilidade de conversa’ que ele tinha antes. Ele era muito acessível enquanto vereador. Ele perdeu a mão, principalmente, com os funcionários da prefeitura e isso gerou um descontentamento, o que se refletiu na cidade.”

Escolha do vice

Durante a entrevista, um internauta perguntou sobre o processo de escolha do vice de Sheila, o Tenente Elmo (PMN). Sheila contou que conheceu o policial durante os protestos em frente aos quartéis após o resultado das eleições de 2022, mas que a escolha se deu por conta do conhecimento que o tenente tem da cidade.

“O Elmo é uma pessoa da polícia e trabalhou aqui em Mogi por 26 anos. Ele conhece Mogi como a palma da mão dele e tem uma visão, em relação a mobilidade, que me surpreende. Ele tem uma visão muito macro da cidade.”

Plano de Governo

A candidata também foi questionada sobre a falta de detalhamento em seu Plano de Governo, tomando como exemplo as propostas divulgadas para a Educação de Mogi das Cruzes. Sheila disse que quando o projeto foi pensado, sua chapa não queria “nada milagroso ou fantasioso”, mas sim o que pode ser realizado de fato.

“A gente tem o orçamento que a gente precisa respeitar e, em contrapartida, uma cidade que a gente precisa administrar. Na Educação – que é um ponto que eu bato muito – dinheiro tem, mas ele precisa ser gerido de forma correta. Não adianta ficar gastando dinheiro com kit que não será usado, por exemplo.”

Ela também comentou sobre propostas para outros setores, como a Saúde, onde a candidata defende a adoção de “práticas medicinais alternativas” – como a homeopatia – como solução para o setor.

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