Poaense reclama sobre fila de espera de 2 anos para atendimento ao filho com TEA

A poaense Amanda Aparecida de Lima Tatari, de 33 anos, reclamou do atendimento prestado recentemente pela administração municipal ao seu filho, que possui Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo ela, a assistência direcionada à criança está comprometida devido às longas filas de espera para fonoaudiologia – que está com o tempo de espera fixado em dois anos – e à falta de auxiliares em sala de aula na creche em que o jovem está matriculado.

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Amanda relata que efetuou um pedido junto à Secretaria Municipal de Educação, solicitando a presença de um auxiliar de classe para acompanhar o andamento educacional de seu filho, o qual, segundo ela, foi negado pela pasta. Apesar disso, a administração municipal informou, por meio de nota, que “todas as medidas cabíveis foram tomadas para melhor atendimento do referido aluno”.

“Na creche, as turmas já são organizadas com um professor e dois auxiliares de creche por sala. Entretanto, devido às crises que o educando vem apresentando, ficando muito agitado e agressivo com os pares e funcionários, o Departamento Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado (NAPES), da Secretaria Municipal de Educação, fez um estudo de caso com professores especialistas e algumas ações foram tomadas:

Disponibilização de mais uma auxiliar de creche exclusiva para o menor (além das outras três educadoras da turma), sugestão de atividades diferenciadas e lúdicas, disponibilização de horas de Atendimento Educacional Especializado por uma hora por dia, em quatro dias da semana, e diversas reuniões para orientação à família, principalmente no que tange à busca de auxílio da assistência social por meio do Sistema Único de Saúde (SUS)”, diz a nota.

Amanda afirma que, apesar da justificativa da Secretaria Municipal de Educação, a auxiliar de creche exclusiva para o filho foi negada. A administração municipal, por sua vez, relatou que, embora todos os esforços tenham sido empenhados no caso, “não houve o cumprimento por parte da família das medidas sugeridas pela pasta”.

Além de tudo isso, hoje fui convocada a comparecer ao Conselho Tutelar devido a denúncias anônimas e da escola. Já havia trocado o meu filho de creche porque tive problemas com a instituição anterior, que, mesmo sabendo que ele estava em investigação, nos acionava constantemente e o tratava como se fosse uma criança sem limites e desobediente.”

Saúde

Amanda também afirma que seu filho é acompanhado periodicamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Wellington Lopes e Maria Eduarda Ribeiro Domingues, onde o laudo que confirma que a criança possui TEA e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) teria sido “invalidado” por um psicólogo e um psiquiatra.

Também em nota, a Prefeitura de Poá informou que, nos atendimentos nas UBSs e eventual invalidação de laudo, não é possível responder sem que sejam fornecidos os dados do menor e de seu responsável legal. Neste caso, o munícipe poderá procurar pessoalmente a Secretaria Municipal de Saúde (Avenida Felício Marinelli, 140 – Jardim Medina), das 9h às 17h, para atendimento e resolução do problema.

Sobre o relato de dois anos para o atendimento de fonoaudiologia, a Secretaria Municipal de Saúde destacou que há, sim, demanda. Afirmou ainda que realizou concurso público homologado recentemente e, em breve, haverá a contratação de mais fonoaudiólogos para o município.

“Embora tenham disponibilizado apenas 3 dias de acompanhamento, eles mesmos reconheceram que o Mázen está acima da média e que o problema dele é comportamental, relacionado ao TDAH. Eles indicaram que a melhoria desses problemas depende da intervenção de um terapeuta ocupacional e da terapia ABA, as quais não podem ser aplicadas por eles”, comentou a mãe.

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