Para suprir falta de força política, Roberto Rodrigues aposta no Judiciário

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Nesta sexta-feira (13), O Diário Entrevista recebeu o candidato a prefeito de Mogi das Cruzes do PRTB, o advogado Roberto Rodrigues, para a última sabatina da série com os prefeituráveis da cidade. Durante o bate-papo, Rodrigues comentou sobre a possível falta de força política que seu partido pode enfrentar, mas disse que contará com o jurídico para defender a cidade.

O Diário Entrevista recebeu todos os candidatos à Prefeitura de Mogi das Cruzes ao longo das últimas cinco semanas. O programa, comandado pelo jornalista Saulo Tiossi, vai ao ar toda sexta-feira, às 10h, com transmissão ao vivo pelo YouTube. A entrevista também pode ser acompanhada por áudio, em formato podcast, pelo canal do Spotify de O Diário, o DiárioCast.

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Assista a entrevista completa:

Jurídico da Prefeitura

Durante uma explicação sobre como abordar alguns problemas do setor de Saúde de Mogi das Cruzes, Rodrigues chegou a direcionar críticas ao setor jurídico da prefeitura.

“O nosso setor jurídico da prefeitura só serve para cobrar IPTU. Se nós tivéssemos uma postura do setor jurídico em responsabilizar os órgãos federativos, nós não estaríamos nessa situação. Nós deveríamos judicializar os problemas da cidade em face da Fazenda Pública.”

O candidato defendeu a judicialização de diversas questões como “o melhor caminho” para solução de problemas e chegou a dizer, inclusive, que “na falta de força política, contará com o Judiciário”.

Periferias

Além da sua relação com o jurídico, uma das principais bandeiras levantadas por Rodrigues é a atenção que dará às periferias de Mogi das Cruzes em uma eventual gestão. Natural de Jundiapeba, o candidato se colocou como um representante das comunidades marginalizadas da cidade.

“As periferias representam 80% da nossa cidade e eu não vi nenhum candidato levantando essa bandeira. E é uma bandeira importantíssima, porque é lá que está a população que sofre. Quando eu decidi ser candidato a prefeito, eu entendi que eu era a melhor pessoa que entendia as dificuldades da periferia.”

Violência policial

Durante a entrevista, ao ser questionado sobre propostas para a Segurança Pública de Mogi das Cruzes, Rodrigues comentou sobre a questão da violência policial nas periferias e chegou, inclusive, a dizer que “a polícia que atua na Vila Oliveira não é a mesma que atua nas periferias”.

“Na parte nobre da cidade, o policial é educado porque não sabe se está falando com filho de juiz, de desembargador ou advogado. Na periferia, quando se faz uma entrevista, é para saber se vai haver alguma repercussão negativa para ele.”

A atuação da polícia militar também foi criticada pelo candidato, que disse que a corporação não atua nos bairros afastados do centro e que, quem realiza o patrulhamento na região, é a Romu (Ronda Ostensiva Municipal) da GCM (Guarda Civil Municipal).

Vice do PRTB impugnado

Outro ponto debatido com Rodrigues durante a entrevista foi a impugnação da candidatura a vereador de Edilson Ricardo, vice-presidente municipal do PRTB. O ex-militar teve o nome barrado pela Justiça por ter sido condenado há menos de 8 anos pela sua participação na ação do Novo Cangaço.

“Eu não vi como um risco [trazer ele para a chapa]. E falo mais: se eu tivesse que escolher entre ser amigo dele e ser prefeito da cidade, eu ficaria com a amizade dele. Eu não preciso de voto, não nessa condição. Ele foi condenado, de fato, sem provas – e isso eu falo como profissional.”

Rodrigues ressaltou que, ao analisar o processo, reconheceu que Edilson não deveria ter sido condenado e que o julgamento feito pela Justiça Militar – que condenou Edilson a 7 anos de reclusão – foi conduzido por militares e não por um “juiz togado”.

Sabotagem na Saúde

Durante a entrevista, Rodrigues criticou a falta de preocupação dos gestores – tanto municipais quanto estaduais – em relação às questões da Saúde de Mogi, como o pronto-socorro do Luzia de Pinho Melo. 

“O Sistema SUS é maravilhoso, só que ele tem uma coparticipação do município e, se o município não agir corretamente, ele não vai funcionar. Sabe o que eu acho? Eu entendo que os nossos gestores têm uma política de desestabilizar o Sistema SUS para fortalecer os empresários da cidade.”

O candidato também criticou os parlamentares que representam Mogi das Cruzes na Câmara dos Deputados e na Assembléia Legislativa do Estado, dizendo que “fazem pouco pela cidade”. Rodrigues ressaltou que a Maternidade ainda está fechada por “falta de interesse” destes parlamentares, uma vez que a abertura seria possível caso houvesse a devida movimentação dos deputados, segundo ele.

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