‘Eu me sinto bem em Mogi, me sinto em casa’, diz bispo Dom Pedro Luiz Stringhini

Natural de Laranjal Paulista, no Interior de São Paulo, o bispo diocesano Dom Pedro Luiz Stringhini (71) é responsável pela Diocese de Mogi das Cruzes e reside na cidade há 12 anos. A quatro anos do final do período administrativo, o bispo ressalta as qualidades da cidade e as intenções de continuar vivendo por aqui.

Dom Pedro foi nomeado Bispo Diocesano de Mogi das Cruzes no dia 19 de setembro de 2012, para suceder o até então bispo Dom Airton José dos Santos.

Antes da chegada em Mogi, Dom Pedro viveu em Laranjal Paulista até os 18 anos de idade. Depois se mudou para São Paulo para estudar e trabalhar. Antes do período como sacerdote, Dom Pedro concluiu a formação em Letras e atuou como revisor de texto no jornal O Estado de São Paulo, o “Estadão”. Ainda na Capital, foi Ordenado Sacerdote, em agosto de 1980, e Ordenado Bispo no dia 10 de março de 2001.

Foram 20 anos como padre e nove anos como bispo em São Paulo, três anos como bispo no Interior, em Franca, e agora, 12 anos em Mogi.

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Bispo diocesano Dom Pedro Luiz Stringhini se diz adaptado à cidade | Vitor Gianluca.
Bispo diocesano Dom Pedro Luiz Stringhini se diz adaptado à cidade | Vitor Gianluca.

Enviado à Mogi das Cruzes

Dom Pedro afirma que não conhecia a cidade. “Por morar em São Paulo, a gente sabe onde fica Mogi, Taboão da Serra, Cotia, a gente sabe que existe essas outras cidades e realidades, mas eu não conhecia Mogi como o Tatuapé, Mooca, São Matheus”, afirma.

Uma das primeiras memórias de Dom Pedro na chegada, é da receptividade dos mogianos e do presente que ganhou. “Logo que eu cheguei, fui à Taiaçupeba e no final da missa, ganhei uma cesta. Nós recebemos flores, vinhos, por vezes uma cesta de frutas. Neste dia, recebi uma cesta com produtos, como mandioca, milho verde, ovo caipira, coisas deliciosas, é claro. Eu fiz o seguinte comentário, ‘se alguém caísse de paraquedas aqui dentro desta casa, ia pensar que estava na Amazônia, e no entanto, você ainda está na Grande São Paulo”, recorda.

Segundo ele, essa é uma das grandes vantagens de Mogi, que está próxima à Capital e tem essa realidade diferente. “Me chama a atenção estar na Grande São Paulo e conservar traços positivos de uma vida interiorana, de famílias que se conhecem, casas com muros baixos com gradinhas, da vegetação privilegiada e preservada”.

“Este aspecto da amizade, da familiaridade, esse espírito da cooperação, está muito ligado, talvez até seja decorrente da religiosidade forte que o povo tem. A prática das devoções, e em especial, a do Divino Espírito Santo. A religiosidade muito presente nos mogianos, há muitas expressões, mas de todas elas, esta do Divino, que se traduz na festa com 411 anos”, comenta.

Momento em que o bispo diocesano Dom Pedro Luiz Stringhini assina o requerimento para reconhecer a Festa do Divino como patrimônio imaterial do Brasil | Fabio Pereira - O Diário
Bispo assina requerimento para reconhecer a Festa do Divino como patrimônio imaterial do Brasil | Fabio Pereira – O Diário

Cidadão mogiano

Em 2015, Dom Pedro recebeu o título de Cidadão Mogiano na Câmara de Vereadores de Mogi das Cruzes. Por conta da atuação nas demais cidades da região Alto Tietê, também recebeu os títulos de Cidadão Suzanese, Itaquaquecetubense e Arujaense.

Nesses 12 anos, o bispo ressaltou que a cidade inevitavelmente passou por mudanças, mas que fica feliz com o esforço para a conservação do Centro. “O urbanismo existe, é necessário. Quando se fala em ecologia, também se fala de urbanismo. Como uma cidade é edificada para proporcionar qualidade de vida. Existe um esforço de preservar o Centro e nós tivemos o prédio do Instituto Dona Placidina. Nós compramos a casa na rua de trás, a intenção inicial era demolir ela. Depois de comprada, descobrimos que não seria possível. Quando recebemos essa notícia, eu confesso que fiquei contente”, conta.

A quatro anos do final do período administrativo, Dom Pedro Luiz Stringhini afirma que deseja continuar na cidade. “Eu penso que vou continuar morando em Mogi. Tenho ligação com Laranjal, nunca perdi minhas raízes. Quando eu ficar emérito, terei mais tempo para visitar, mas provavelmente a minha residência vai ser aqui. Eu me sinto bem em Mogi, me sinto em casa”, finaliza.

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