‘Esses incêndios trazem grandes prejuízos à fauna silvestre’, diz especialista sobre incêndio em área de mata em Mogi das Cruzes

Espaço abriga pássaros ameaçados de extinção. Segundo o veterinário Jefferson Leite, parte dos animais não consegue fugir e é queimada e, outra parte, não consegue voltar para o local porque o habitat foi incendiado. Área de mata preservada de Mogi das Cruzes sofre com queimadas no fim de semana
O local conhecido como Brejinho, em Mogi das Cruzes, que teve parte da mata devastada por conta de um incêndio no sábado (assista o vídeo abaixo), abriga pássaros ameaçados de extinção.
Um exemplo, segundo o veterinário Jefferson Leite, é o bicudinho-do-brejo-paulista, uma espécie recém-descoberta que já é catalogada como “criticamente ameaçada de extinção” e só vive na região da cabeceira do Rio Tietê.
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“Esses incêndios impactam diretamente na vida desses animais, uma vez que os pequenos animais – aqueles que tem dificuldade de locomoção mais rápida -, acabam sendo atingidos diretamente pelos incêndios. São queimados vivos e acabam morrendo nesses incêndios”, explica.
O especialista afirma ainda que muitos animais que conseguiram fugir não têm como voltar, porque o habitat foi destruído. “Isso também impacta diretamente na queima da fonte de alimentação desses animais, impedindo que eles retornem o quanto antes”.
“Esses casos impactam também a vida das pessoas, já que os animais acabam atravessando a pista e se alojando em residências humanas. É sempre um problema muito sério, além da questão da poluição ambiental, esses incêndios trazem grandes prejuízos à fauna silvestre do Alto Tietê”, finaliza.
Fogo consome área em César de Sousa
Incêndio em área de mata
O incêndio começou por volta das 15h, do sábado (14) na área de mata em César de Sousa. O local fica na Avenida Castelo Branco, na altura do número 1.200.
O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas até o início da noite de sábado o fogo não tinha sido controlado. Por volta das 20h, o incêndio era visto das partes altas do distrito (assista acima).
Fogo e fumaça são visualizados de condomínios vizinhos a avenida Presidente Castelo Branco
Gladys Peixoto/g1
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