Alertas no celular, televisão e estoque de água e alimentos: brasileiro relata preparação para passagem do furacão Milton na Flórida

Thiago Lara e a família, que são de Mogi das Cruzes, na Grande SP, viajavam pelo Sul dos Estados Unidos quando foram alertados do furacão. Fenômeno climático deve atingir a Flórida na madrugada de quarta (9) para quinta-feira (10). Thiago Lara, a família e amigos se preparam para a passagem do furacão Milton
Reprodução/Thiago Lara
Um grupo de sete viajantes de Mogi das Cruzes que estão em uma cidade próxima a Miami, na Flórida, nos Estados Unidos, se preparam para a passagem do furacão Milton, que ganhou força sobre o Golfo do México, e avança em direção à costa sul do país.
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São duas famílias mogianas que tiveram de alterar a programação de uma viagem por causa das previsões climáticas na região. Em contato com o g1, o empresário Thiago Lara explicou que todos eles estão protegidos em um hotel em uma cidade próxima de Miami.
“Então, aparentemente está tranquilo. Amanhã receberemos mais uma família, totalizando dez mogianos. Uma viagem que estava prevista um roteiro em direção ao furacão, furacão Milton. Então, nós estávamos seguindo Fort Lauderdale, Naples, Tampa, onde é o centro do furacão. Nós começamos a viagem na zona azul do mapa da Flórida e estávamos indo pra zona vermelha, e depois para a zona rosa, que é a zona rosa, que é a zona mais perigosa do furacão”.
Thiago Lara está com um grupo de Mogi das Cruzes na Flórida
Divulgação/Arquivo Pessoal
Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês), as tempestades podem ser as mais destrutivas já registradas. Com força capaz de atingir a categoria máxima em um intervalo de menos de 24 horas, o furacão Milton, que deve atingir Tampa, na Flórida, na madrugada de quinta-feira (10), é o terceiro com grande potencial de destruição que chega aos Estados Unidos em pouco mais de três meses. A sequência mostra o que pode ser a pior temporada de furacões da história.
“Realmente, aqui o dia a dia tem sido bem tenso, bem aflituoso. Não iremos sair do quarto, dos apartamentos. Hoje está tranquilo, 25 graus, não está chovendo, está calor. Porém, nós precisamos ficar dentro dos apartamentos, porque hoje, na madrugada, vai passar o furacão. E aí a questão é o pós furacão, qual foi o desastre. Se ficaremos sem água, se ficaremos sem energia, se as estradas ficarão bloqueadas. Então, essa é a tensão do momento em relação ao furacão”, disse Thiago.
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Nos últimos dias, segundo Thiago, o governo local tem emitido alertas nos celulares e na televisão para orientar a população sobre a preparação para a chegada do fenômeno climático. Além disso, o empresário também detalhou algumas das recomendações das autoridades para a passagem do furacão.
“A orientação é estocar comida, comida fácil de fazer. Muita água, vela, porque não se sabe a magnitude do furacão. O furacão pode inundar, pode destruir as redes de energia. Então, a gente fica sem energia, a gente fica sem água, sem saneamento. Eles orientam a gente a encher as banheiras dos quartos para caso precisar usar água, ferver água em algum determinado momento”.
Alerta que empresário de Mogi das Cruzes recebeu na Flórida sobre o furacão Milton
Reprodução/rede social
“Um alerta de surgimento de tempestade está em vigor para este área para o perigo de risco de vida inundações. Este aviso é emitido até 36 horas antes de condições perigosas começarem. Conclua urgentemente os esforços para proteger a vida e a propriedade. Siga ordens de evacuação, se dadas para esta área para evitar afogamento ou ficar isolado dos serviços de emergência”, diz um dos alertas de emergência que Thiago recebeu nos últimos dias.
Furacões frequentes
Em um período de pouco mais de quatro horas na segunda-feira (7), o furacão Milton, que se aproxima da Flórida, nos EUA, ganhou uma força “explosiva”, como classificou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês). O fenômeno subiu da categoria 2 para a 5, a máxima na escala de intensidade de furacões.
O salto assustou especialistas e, segundo o presidente dos Estados Unidos, pode ser “um dos piores dos últimos 100 anos na Flórida”.
De acordo com o NHC, segue com “alto potencial destrutivo”. O fenômeno deve tocar o solo na Flórida na quarta-feira, menos de duas semanas após o furacão Helene ter inundado a costa do estado, causando destruição e mortes.
👉Segundo os meteorologistas, dois fatores têm favorecido a sequência de furacões que está sendo observada (entenda mais abaixo):
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