Com uma pesquisa exclusiva e resultados promissores, sobre a Síndrome de Taquicardia Ortostática Postural (POST), uma condição frequentemente observada em pacientes recuperados da Covid-19, a UMC foi convidada a apresentar suas descobertas na 51ª Conferência Internacional de Computação em Cardiologia. O evento foi realizado entre os dias 8 a 11 de setembro na cidade de Karlsruhe, Alemanha e reuniu especialistas de todo o mundo para discutir avanços tecnológicos e científicos na área da cardiologia.
A participação da UMC foi um marco importante, contribuindo significativamente para o avanço do conhecimento e tratamento de condições cardíacas pós-pandemia. A Síndrome de Taquicardia Postural (POTS) é uma condição em que a frequência cardíaca de uma pessoa aumenta significativamente quando ela se levanta. Isso pode causar sintomas como tontura, desmaio e palpitações, entre outros sintomas. Essa condição vem mostrando um crescimento em pacientes que desenvolveram (POTS) após infecção por COVID-19.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 20% das pessoas, independente da gravidade da doença, desenvolvem condições pós-covid. Estudos internacionais indicam que o (POTS) afeta aproximadamente 0,1% a 1% da população mundial. Essa condição é mais comum em mulheres jovens, geralmente entre 15 e 50 anos. Dados específicos para o Brasil são escassos, mas espera-se que a prevalência seja semelhante à observada em outros países, considerando fatores genéticos, ambientais e de saúde pública semelhantes.
O projeto foi desenvolvido pela aluna Ana Letícia Gomes do Santos, de 19 anos, do curso de Biomedicina, por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) da UMC, com orientação do professor Daniel Gustavo Goroso, do Programa de Engenharia Biomédica da UMC e é financiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
O monitoramento da Frequência Cardíaca (FC) é mensurado pelo aplicativo desenvolvido pela UMC, o FLEEM System, em forma remota com relógios inteligentes, seguido do cálculo da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC). Os dados do paciente são enviados para um computador, onde são processados e analisados. O projeto ajuda tanto no diagnóstico como no pré-diagnóstico de futuros problemas cardiovasculares. O aplicativo desenvolvido consegue identificar essa arritmia prévia no paciente, e encaminhá-lo para um atendimento médico.
“Participar de uma Conferência como essa é incrível para agregar meu currículo, graças a UMC conheci o professor Daniel, que me deu total apoio para o desenvolvimento desta pesquisa. Desejo participar, além deste Congresso, também de outros projetos internacionais e seguir minha carreira na pesquisa”, disse a aluna Ana Letícia.
O aplicativo já está sendo utilizado na Policlínica da UMC, localizada em Mogi das Cruzes (SP), para testes clínicos em pacientes de pesquisa. Pessoas que tiveram Covid e que sentem sintomas podem comparecer à clínica para participar gratuitamente da pesquisa. O aplicativo já foi testado em 58 participantes de diversas cidades e estados do Brasil. A expectativa é que até o final do ano, o projeto possa ser expandido para outras unidades do Brasil e do Mundo.
O professor Daniel Gustavo Goroso, líder da pesquisa, expressa seu entusiasmo em ter compartilhado o estudo com os principais pesquisadores do tema ao redor do mundo. “Foi extremamente recompensador levar o nome da UMC para o principal fórum de Computação em Cardiologia do mundo. Ter a oportunidade de compartilhar conhecimento sobre o tema com personalidades e referências no assunto, incluindo ganhadores do prêmio Nobel, é uma honra! A presença dos nossos acadêmicos neste evento, destaca o compromisso da UMC com a excelência em pesquisa e sua contribuição para avanços significativos no campo da Cardiologia”, concluí o professor.
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