7 principais selos de qualidade e certificação dos alimentos

Quando se trata de oferecer uma alimentação saudável e de qualidade para os filhos, muitas famílias se dedicam a ler o rótulo de produtos e conferir ingredientes na hora da compra. Nas embalagens, é possível verificar a quantidade de calorias, açúcares, gorduras, sódio, glúten, lactose e outros componentes importantes. No entanto, uma questão fundamental persiste: como garantir que os alimentos são realmente seguros e contêm o que os rótulos afirmam?

Para ajudar nas escolhas, existem os chamados selos de certificação, uma maneira de informar aos consumidores sobre as características e a qualidade dos alimentos, além de garantir a segurança e a confiabilidade. Eles são concedidos por organizações certificadoras nacionais ou internacionais e, para que um produto adquira um certificado, a indústria de alimentos precisa se submeter a uma avaliação rigorosa.

“A certificação de alimentos por terceira parte funciona por meio de uma avaliação independente, realizada por uma organização certificadora, que verifica se o produto atende a determinados padrões de qualidade e segurança. Esse processo é crucial para garantir a imparcialidade e a credibilidade da certificação”, explica Fabiane Zanoti, engenheira de alimentos e diretora-geral da NSF Latam (organização internacional que oferece serviços de certificação para a indústria de alimentos).

A seguir, conheça alguns dos principais selos do mercado!

1. Selo Orgânico

Selo orgânico em verde e branco em um fundo verde-claro
Selo Orgânico indica que o produto não utiliza agrotóxicos, fertilizantes sintéticos e transgênicos (Imagem: Reprodução digital | Departamento de Agricultura dos Estados Unidos)

Indica que o produto é proveniente de um sistema orgânico de produção, ou seja, que não utiliza agrotóxicos, fertilizantes sintéticos, transgênicos ou hormônios de crescimento. O selo orgânico garante que o alimento é mais saudável, sustentável e respeita o meio ambiente e o bem-estar animal.

2. Selo Glúten-free

Selo Glúten-Free em branco e azul-escuro
Selo Glúten-Free é destinado aos consumidores que têm doença celíaca ou intolerância do glúten (Imagem: Reprodução digital | National Sanitation Foundation)

Indica que o produto não contém glúten, uma proteína presente no trigo, cevada, centeio e seus derivados. Este selo é destinado aos consumidores que têm doença celíaca, uma condição autoimune que causa danos ao intestino delgado quando há ingestão de glúten, ou que têm sensibilidade ou intolerância ao glúten.

O selo glúten-free é especialmente importante para as crianças com Síndrome de Down, que têm maior tendência a desenvolver a doença celíaca e podem ter dificuldade de compreender e expressar os seus sintomas, bem como de ler e interpretar os rótulos dos alimentos. Além disso, elas podem estar mais expostas a situações de ingestão de glúten em ambientes escolares, familiares ou sociais, onde nem sempre há uma adequada orientação e supervisão. Por isso, o selo gluten-free é uma garantia de que o alimento é seguro e adequado para as suas necessidades nutricionais e de saúde.

3. Selo Não OGM (NON GMO)

Selo Não OGM com a ilustração de uma borboleta em cima de uma planta
Selo Não OGM indica que os alimentos não contêm produtos geneticamente modificados (Imagem: Reprodução digital | The Non-GMO Project)

É amplamente reconhecido internacionalmente e indica que o produto não contém ingredientes geneticamente modificados (transgênicos). Portanto, quando você vê esse selo em um produto, pode confiar que ele foi avaliado e certificado como seguro para consumo por pessoas que desejam evitar transgênicos.

4. Selo Livre de Antibióticos (QIMA/WQS)

Selo Livre de Antibióticos em verde, azul-escuro e branco
Selo Livre de Antibióticos assegura que não há uso de antibióticos na criação do animal (Imagem: Reprodução digital | National Sanitation Foundation)

Assegura que não há uso de antibióticos de forma alguma na criação do animal, nem preventiva (para melhorar a produção), nem curativa (como remédio). Pode ser aplicado tanto aos produtores quanto às indústrias de alimentos.

5. Selo “Certified Plant Based”

Selo Certified Plant Based com três folhas verdes em tons diferentes no centro rodeadas pelo nome do selo
Certified Plant Based garante que os produtos são realmente feitos à base de plantas (Imagem: Reprodução digital | Plant Based Foods Association)

É uma garantia para os consumidores de que o produto é verdadeiramente feito à base de plantas. A NSF é a organização exclusiva que certifica o programa Certified Plant Based em parceria com a Plant Based Foods Association (dos EUA). O objetivo é facilitar a escolha de alternativas sustentáveis para carne, ovos e laticínios, garantindo que o alimento não contenha ingredientes de origem animal.

6. Certificação True Source Honey®

Certificação True Source Honey  em verde e branco com a ilustração de uma abelha
Certificação True Source Honey rastreia o mel até a colmeia e garante aos consumidores que ele não é falso (Imagem: Reprodução digital | True Source Honey)

O mel é um dos alimentos falsificados com mais frequência e muitos consumidores estão preocupados com o que há em seu mel e de onde ele vem. A certificação True Source Honey® rastreia o mel até a colmeia para que os consumidores possam ter certeza de que ele não é falso ou impuro, informando a origem do produto.

7. Certificação Sustainable Seafood do Marine Stewardship Council

Certificação Sustainable Seafood do Marine Stewardship Council em um fundo azul-claro
Certificação Sustainable Seafood do Marine Stewardship Council atesta que os frutos-do-mar são de origem sustentável (Imagem: Reprodução digital | Conselho de Manejo Marinho)

Atesta que frutos-do-mar são de origem “sustentáveis”, ou seja, significa que são capturados ou cultivados com impacto social e ambiental mínimos para o ecossistema marinho, conservando os estoques de peixes e os ecossistemas que os sustentam, cumprindo as leis e regulamentos.

Papel do consumidor na certificação dos produtos

Segundo Fabiane Zanoti, a certificação dos alimentos no Brasil ainda enfrenta baixa adesão da indústria, especialmente quando comparada à Europa e aos Estados Unidos. “Os consumidores têm um papel fundamental ao reivindicar seus direitos de informação, exigindo transparência e clareza nas informações fornecidas pelos fabricantes. A força do consumidor em exigir produtos certificados e seguros é um poderoso incentivo para que a indústria alimentícia mantenha altos padrões de qualidade”, conclui Fabiane Zanoti.

Por Glauci Silva

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