Mapeando memórias: Conheça a origem por trás dos nomes das ruas mais famosas em Mogi das Cruzes

As principais ruas, avenidas e cruzamentos de Mogi das Cruzes recebem, sem dúvida, os nomes de importantes personalidades que marcaram época na cidade, principalmente aqueles relacionados ao século XX. Mas, em algum momento, você já se perguntou por que essas figuras nomeiam algumas das vias principais vias do município? Se a resposta é não, O Diário traz, de forma interativa, parte da história mogiana aos leitores. 

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Narciso Yague Guimarães

Narciso Yague Guimarães foi, no século XX, um líder político destacado, tendo sido eleito vereador na década de 1970. Nascido em 1938, ele é lembrado pela atuação frente à Santa Casa de Misericórdia em Mogi das Cruzes, além de uma administração focada em outros setores como educação e transporte, é o que explica o historiador e secretário-adjunto de Cultura de Mogi das Cruzes, Glauco Ricciele.

“A via ganhou este nome em homenagem ao vereador Narciso Yague Guimarães, que trabalhou por muito tempo na Escola Industrial, onde atualmente se encontra a Etec Presidente Vargas. Ele foi eleito durante as obras que resultaram na construção da Mogi-Bertioga (SP-098). Infelizmente, em uma das vistorias feitas na rodovia, ele caiu de uma caminhonete e faleceu. A avenida também possibilita o acesso à Câmara Municipal e à Prefeitura de Mogi das Cruzes”, afirma Glauco.

Ricardo Vilela

Ricardo Vilela foi um influente empresário, conhecido por sua atuação em diversas áreas da administração pública e, principalmente, pelo engajamento em projetos sociais na cidade. Uma das principais vias de entrada e saída da cidade liga a região do bairro Socorro e o Córrego Lavapés à área do Guaió, em Suzano.

“Antigamente, essa rua era chamada de Bom Jesus, em referência à capela que hoje conhecemos como Paróquia São Benedito. Em Mogi das Cruzes, Vilela desenvolveu uma fábrica de chapéus, contribuindo para a geração de empregos e marcando um importante avanço na industrialização do município no início do século”, destaca Ricciele.

Vale ressaltar que, por muitos anos, a rua Ricardo Vilela fez parte da história do jornal O Diário, que há 67 anos documenta os eventos e a trajetória de Mogi das Cruzes. A sede do jornal, neste endereço foi fundamental para registrar e acompanhar a evolução da cidade. Na fase digital de O Diário, uma sala no Dual Patteo Mogilar se tornou o local de trabalho da nova redação, onde a produção de conteúdos multiplataforma tem se intensificado, especialmente na área de audiovisual.

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João XXIII

A Avenida João XXIII, localizada no extremo do distrito César de Souza, tem experimentado um aumento significativo no fluxo de veículos nos últimos anos, impulsionado pelo crescimento populacional na região.

“A via recebeu esse nome em homenagem ao Papa João XXIII, que criou a Diocese de Mogi das Cruzes. No início da década de 1960, por meio de uma bula papal, ele desassociou Mogi das Cruzes da cidade de São Paulo, criando uma nova região que, em um primeiro momento, incluía até Guarulhos. Mogi das Cruzes também se tornou sede do primeiro bispo diocesano, Dom Paulo Rolim Loureiro”, finalizou Glauco Ricciele.

Deodato Weitheimer

Deodato Wertheimer chegou ao município em 1913 e, posteriormente, foi eleito para uma das cadeiras do Poder Legislativo em 1919, sendo escolhido pela população mogiana como o parlamentar mais votado daquela legislatura. No ano seguinte, em 1920, o político assumiu o cargo de prefeito da cidade, direcionando o foco de sua gestão – que se estendeu até 1922, quando foi eleito deputado estadual – para a saúde pública. Ele é lembrado até hoje por sua atuação no combate à gripe espanhola, a pandemia que assolou a população mundial no início do século XX.

“Foi o principal responsável por erradicar a doença na cidade, juntamente com outras práticas que vinham sendo utilizadas no mundo. Posteriormente, se tornou prefeito e deputado. Wertheimer morreu em 1935, aos 44 anos, mas deixou um grande legado. Muitas pessoas de Mogi das Cruzes, de idade avançada, ainda se lembram dele”, destaca o historiador.

A via, que leva o mesmo nome do médico, é conhecida por suas lojas e comércios, principalmente empreendimentos varejistas relacionados à construção civil. O nome também foi atribuído a uma escola na rua Engenheiro Gualberto, localizada na região central de Mogi das Cruzes. É uma via, segundo Glauco Ricciele, “que traz os bairros para o centro”, facilitando a conexão e integração dos pontos periféricos à região central do município, que dispõe dos serviços de comércio, transporte, saúde e demais oportunidades na área urbana.

“Também é uma via bem extensa, ligando os bairros Vila Rachel e Mogi Moderno ao centro da cidade. Foi muito utilizada como opção de tráfego para acesso à Mogi-Bertioga (SP-098), após a inauguração desta rodovia nos anos 80”, completa Ricciele.

Avenida Japão

A avenida Japão é a via de maior extensão da cidade, com mais de 20 quilômetros. Seu nome foi dado em homenagem à primeira casa da região, localizada no início da avenida, entre a Rua Ipiranga, onde se hospedou o 124º imperador do Japão, Hirohito, na década de 1960, durante sua visita a Mogi das Cruzes. “O imperador teve uma passagem rápida de dois dias pela cidade, mas que gerou uma homenagem pela municipalidade, dando nome a maior via do município”, destaca Ricciele.

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