A saúde pública da população é algo da mais elevada importância, principalmente quando temos notícias, como a trazida essa semana por O Diário, dando conta de que em Mogi das Cruzes uma idosa faleceu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Oropó enquanto aguardava transferência para um hospital. Muito sério isso.
Quem faz a gestão de tal UPA? É pertinente a pergunta quando se vê, por exemplo, que a Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes encontra-se no meio de um debate que se tornou público em razão de questões internas, isto é, o mandato e remuneração de seus dirigentes.
Toda gestão terceirizada, digamos assim, feita por organizações sociais e entidades sem fins lucrativos merece acompanhamento, todas, pois já tivemos por aqui organização social que na atualidade encontra-se em processo de recuperação judicial devendo mais de um bilhão de reais.
Todavia, é preciso entender que as questões internas não devem ser o foco de atenções, como vimos nos últimos dias em relação a Santa Casa de Mogi, porque na Cidade outros equipamentos de saúde igualmente têm sua gestão por entidades que igualmente enfrentam questões de mandato de sua diretoria.
Na realidade, não se pode fazer confusão em relação a Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes. Ela é uma entidade privada, que por receber verba pública deve ter transparência quantos aos recursos recebidos, e sua diretoria enfrenta os mesmos problemas que qualquer organização social que atue na Cidade.
Se há problemas internos, entre membros da mesa diretiva, se isso não afetar a prestação dos serviços obrigados pelos contratos existentes com a Prefeitura de Mogi das Cruzes e nem a gestão dos recursos públicos recebidos, qual razão para tratar a instituição com desconfiança quando discute elementos administrativos ?
Uma instituição filantrópica embora não tenha caráter empresarial desenvolve uma atividade econômica, então, deve sempre repensar sua fórmula de gestão e isso não significa desprezo ou desatenção com a saúde pública.
O leitor já se deu conta de quantas organizações sociais atuam para a Prefeitura de Mogi das Cruzes? Pois bem, então por que o olhar somente sobre a direção da Santa Casa? Se for para tratar com lupa, que sejam todas as entidades.
“O mesmo olhar crítico sobre a Santa Casa deveria estar sobre todas as organizações sociais que fazem gestão da saúde em Mogi”
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