PF apreende R$ 2,7 mi em dinheiro vivo na casa de desembargador mogiano

R$ 2,7 milhões em dinheiro vivo foram apreendidos pela Polícia Federal na casa do desembargador do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJMS), Júlio Roberto Siqueira Cardoso, que é natural de Mogi das Cruzes. Ele se aposentou recentemente do seu cargo e é um dos alvos da Operação Ultima Ratio, que investiga um possível esquema de compra e venda de sentenças judiciais.

Na imagem divulgada pela PF, é possível ver centenas de notas de R$ 50, R$ 100 e R$ 200. Segundo a TV Morena, afiliada da Globo no Mato Grosso do Sul, também foram apreendidos documentos, mídias, computadores e celulares.

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A PF informou, ainda, que no cumprimento dos mandados, também foram apreendidos ainda revólveres, pistolas e espingardas, que estavam na casa dos alvos. Ao todo, outros 44 mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela PF na última quinta-feira (24). 

Além de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, a PF também buscou por alvos no Distrito Federal, no Mato Grosso e em São Paulo. O objetivo é investigar possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.

A defesa de Júlio Roberto Siqueira Cardoso foi procurada, por telefone, pelo O Diário, que não obteve retorno. A reportagem segue aberta para uma atualização com o posicionamento do magistrado.

Sobre o magistrado

Júlio Roberto Siqueira Cardoso, magistrado aposentado do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, tem 75 anos. Ele se formou em Direito pela Universidade Braz Cubas (UCB), em 1972, e em Administração de Empresas na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), em 1973.

Em 1984, passou a exercer o cargo de Juiz Substituto na Comarca de Dourados. A partir de então, atuou somente em cidades do Mato Grosso do Sul. Em 2024, se aposentou do TJMS depois de completar 40 anos como magistrado.

Ele foi promovido ao cargo de desembargador em 2009. Segundo o perfil do magistrado no próprio site do TJMS, a promoção se deu por “merecimento”.

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