A Polícia Civil investiga um caso de constrangimento ilegal, registrado no 2º Distrito Policial (DP) de Suzano, referente a uma ocorrência em que um homem negro, de 47 anos, teria sido vítima de racismo após ser acusado de furtar produtos em uma unidade da rede de supermercados Nagumo, localizada no Jardim Dona Benta, também em Suzano.
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De acordo com a Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo (SSP-SP), por meio do boletim de ocorrência, o homem teria sido acusado de furto por seguranças de um estabelecimento comercial. Ainda segundo a pasta estadual, o 2º DP “atua para esclarecer todas as circunstâncias dos fatos”.
Segundo informações do g1, o homem caminhava pelo supermercado e, ao se dirigir ao setor de limpeza, após pegar um frango, notou que um segurança da loja o estava perseguindo. Após ser parado e questionado pelo profissional com a frase: “tá com o rabo preso, negão?”, sobre o que estava fazendo, ele teria sido agredido com um soco desferido na região da costela.
Ainda segundo o g1, com base no boletim de ocorrência, o homem teria ficado com medo e corrido em direção aos caixas da loja, onde o gerente e os demais seguranças ordenaram que ele tirasse a blusa e a camisa.
Não foi encontrada nenhuma mercadoria com o homem, que foi liberado em seguida, e os seguranças pediram desculpas. Em seguida, o homem pagou pelo frango e acionou a Polícia Militar (PM), mas a corporação não compareceu ao local.
O que diz o Nagumo?
Em nota, a rede de Supermercados Nagumo afirmou que não compactua com qualquer tipo de agressão.
“Asseguramos que não existe motivo algum para qualquer tipo de discriminação na rede Nagumo. As condutas relatadas por Vossa Senhoria são de extrema gravidade e não pactuam com as práticas adotadas pelos funcionários do Supermercado Nagumo. A rede Nagumo não tolera qualquer tipo de agressão”.
Por fim, a título de informação os Supermercados Nagumo possuem em nosso quadro de colaboradores, funcionários de todas as raças e etnias, desde empacotadores, operadores de caixa, balconistas, encarregados, gerentes, supervisores e diretores.
Estamos em constante evolução e aprimoramento para prestarmos aos nossos clientes um excelente atendimento. Muito obrigado e, desde já, registramos o nosso respeito e carinho ao cliente em questão“, diz a nota.
Outro caso
Um caso recente envolvendo o influenciador mogiano Kleber Martins, de 23 anos, também ganhou repercussão no Alto Tietê. Em agosto, ele afirmou ter sido vítima de racismo em um supermercado de César de Souza, em Mogi das Cruzes. Segundo o relato, dois funcionários entraram no banheiro, onde ele estava e, em “tom de brincadeira”, disseram a seguinte frase: “Aqui só entra macaco”.
À época, em nota enviada à redação de O Diário, a rede de Supermercados Shibata, local onde o caso teria acontecido, afirmou que não tolera, de forma alguma, qualquer tipo de discriminação, racismo ou piadas de mau gosto em nosso ambiente.
LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA
“Recebemos com muita seriedade o relato de racismo ocorrido em uma de nossas unidades. A rede não tolera, de forma alguma, qualquer tipo de discriminação, racismo ou piadas de mau gosto em nosso ambiente.
Estamos comprometidos em garantir que todos os nossos clientes sejam tratados com respeito e dignidade. Já estamos tomando as medidas necessárias para investigar o ocorrido e garantir que os envolvidos sejam devidamente responsabilizados. E, sobretudo, que isso não volte a acontecer.
Procuramos o cliente para externar apoio e reiterar nossa contrariedade à essa situação e reforçamos nosso compromisso em proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para todos. Estamos à disposição para ouvir e resolver qualquer problema”, finalizou a administração da rede de Supermercados Shibata.
O post Homem relata ter sido agredido e sofrido racismo em supermercado de Suzano apareceu primeiro em O Diário de Mogi.