“Aqui é rock, bebê”: esse é o slogan da banda mogiana Primeira Dama Rock Club. Com clássicos do rock nacional no repertório, a banda conta com os vocais de seus idealizadores Caio Cunha e Márcio Maldonado – respectivamente, atual prefeito e atual presidente do Fundo Social de Solidariedade de Mogi das Cruzes. Do palanque político ao palco das apresentações, a dupla conversou com O Diário e contou um pouco da história da “banda do prefeito” que, de agora em diante, deve se fazer cada vez mais presente na cidade.
A trajetória do grupo, segundo Márcio, começou junto com a amizade entre ele e Caio. “A música sempre foi muito presente na nossa juventude”, relembra. Na época, os dois amigos chegaram a montar uma banda temporária apenas para se apresentar no Show de Talentos da escola em que estudavam.
- Clique e receba notícias de O Diário por WhatsApp.
- Inscreva-se e acesse conteúdos de O Diário no YouTube.
Mesmo com o passar do tempo, o contato – seja um com o outro ou com a música – se manteve. Anos mais tarde, Caio e Márcio, agora adultos e parte da administração municipal, passaram a usar a música como uma “válvula de escape”, vendo nos instrumentos uma maneira de aliviar a tensão do trabalho na Prefeitura de Mogi das Cruzes.
“Sempre fugi da imagem do político convencional. Não sou protocolar, tenho tatuagem, faço jiu-jítsu e canto em uma banda de rock. Isso não diminui ou interfere na minha atuação como prefeito e no compromisso com a cidade. Os cargos são passageiros. Então, por que deveria de deixar de ser quem eu sou? Quem disse que o prefeito tem que ser engomadinho? Na política o difícil é ter que lidar com o jogo de interesses. Já na banda nosso interesse é apenas nos divertir”, conta Caio Cunha.
Foi, ainda, durante esses anos frente à administração municipal que o nome da banda – Primeira Dama – surgiu.
“Quando surgiu uma oportunidade, na Festa do Servidor de 2022, a gente reuniu alguns servidores [da Prefeitura] e alguns amigos para ‘fazer um som’. A gente pensou em juntar esse pessoal e voltar a ativa. O pessoal gostou e a gente pensou: por que não levar isso um pouco mais a sério?”, conta Márcio.
“A ideia sempre foi se divertir, fazendo algo que a gente gosta e com quem a gente gosta,” completa Caio.
O elenco da banda, então, passou por algumas alterações: os servidores que participaram do experimento deram lugar a outros amigos e conhecidos e, de maneira “despretensiosa”, a banda vem se apresentando desde então. Além de Márcio e Caio, a banda também conta com Pedro Passos, diretor de Tecnologia Educacional da prefeitura, e com os músicos Rafael Vendramini, Willyan Curvello, Elias Khouri e Felipe Carceles.
O nome da banda – Primeira Dama – também surgiu por volta da mesma época, quando Márcio assumiu a presidência do Fundo Social no lugar de Simone Margenet, que deixou a instituição depois de se separar de Caio Cunha.
“As pessoas brincavam comigo dizendo ‘virou a primeira-dama’ por estar à frente do Fundo e não ser a primeira-dama. Essa brincadeira começou a ganhar mais força quando as pessoas questionavam o Caio sobre quem era a primeira-dama e ele respondia que era a banda, que ele tinha um compromisso com a banda. Eu entrei na onda e a gente colocou esse nome.”
A banda já coleciona algumas apresentações, mas ainda, segundo Márcio, não é a prioridade de nenhum dos integrantes. Ele destaca que ainda existe um compromisso com a cidade – se referindo ao período de transição entre os governos de Caio Cunha e Mara Bertaiolli – mas que a Primeira Dama deve ganhar mais espaço no dia-a-dia de seus integrantes.
“O projeto não era uma primeira opção e, sim, um hobby. A gente não tinha o tempo que a gente queria para dedicar à música porque estávamos – e ainda estamos – comprometidos com a cidade. Agora, com um pouco mais de tempo livre, quem sabe a gente não vai se arriscando por aí, né?”
O post Da prefeitura para o palco: conheça a ‘Primeira Dama’, a banda do prefeito de Mogi apareceu primeiro em O Diário de Mogi.