Obras do projeto de BRT que irá atender cidades do Alto Tietê devem ser retomadas, segundo Condemat


BRT do Alto Tietê vai atender a população de Arujá, Poá, Itaquaquecetuba e Ferraz de Vasconcelos. Empreendimento está dividido em três trechos e vai se conectar a Linha 12-Safira da CPTM. Parado deste 2018, obras do BRT deve ser retomado em breve, segundo o Condemat
O projeto do BRT, o novo sistema de transporte que promete melhorar a mobilidade urbana na região, está parado desde 2018. A situação ficou mais complicada com a pandemia, mas agora, segundo o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), a obra deve ser retomada em breve.
O transporte público faz parte da vida de muitas pessoas, seja para estudar, trabalhar ou até mesmo para o lazer. Por isso, melhorias sempre são bem-vindas.
Projeto do BRT metropolitano tem previsão de atender quatro cidades do Alto Tietê
TV Diário/Reprodução
A obra do BRT no Alto Tietê é uma promessa desde 2012. Na região, tem morador que já conhece este modal de transporte, como a gerente de vendas Pamela Oliveira.
“É aquele tipo de transporte mais rápido, que tem uma via mais rápida de mobilidade”.
O projeto do BRT metropolitano do Alto Tietê vai atender a população de Arujá, Poá, Itaquaquecetuba e Ferraz de Vasconcelos. O corredor de 20 quilômetros de extensão tem o custo avaliado em cerca de R$ 650 milhões. A expectativa é atender aproximadamente 80 mil passageiros por dia.
O empreendimento está dividido em três trechos e vai se conectar a Linha 12-Safira da CPTM. No trecho 1, em Arujá, o projeto executivo já foi concluído e já há previsão de implantação pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU).
No trecho 2, em Itaquaquecetuba, o projeto executivo também está pronto. Por lá, a infraestrutura viária será executada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e, depois, a EMTU implantará as estações de embarque e desembarque. Já no trecho 3, o próximo passo do empreendimento será a obtenção das licenças ambientais.
Este projeto passou por várias etapas, como audiências públicas, mas parou de avançar na etapa das licenças ambientais.
“A Cetesb já recebeu a documentação pra liberação dessas licenças. Eu acredito que agora a STM irá tratar diretamente com a Cetesb daquilo que ainda é necessário pra que haja essas licenças e a obra possa ser encaminhada. Vale dizer que a gente veio na sequência, um período de pandemia, onde o governo do Estado teve que se focar em outras áreas, mas agora a gente tem aí o anúncio do nosso secretário [Marco] Assalve, secretário de Transporte Metropolitanos, na última visita que fez à região dessa retomada dos projetos. Eu acredito que agora a Secretaria de Transportes Metropolitanos toma carga pra conseguir a liberação, essas licenças ambientais pra retomada da obra, conclusão dos projetos e atualização deles que, naturalmente, com o passar do tempo, eles precisam dessa atualização pra poder, então, ter um prazo pra início de obras logo em breve”, disse Caio Luz, coordenador adjunto da Câmara Técnica de Planejamento e Mobilidade do Condemat.
BRT do Alto Tietê irá conectar ônibus à Linha 12-Safira da CPTM
TV Diário/Reprodução
Luz também lembra que, apesar da obra incluir quatro cidades, toda a região deve ganhar com a entrega do projeto.
“São quatro municípios que serão atendidos, Arujá, Itaquaquecetuba e Ferraz de Vasconcelos, de uma forma transversal, e não axial, como muitas das nossas linhas são pensadas, ou seja, do bairro pro Centro. Ela vai ser transversal, conectando Arujá, por exemplo, com as linhas 12 e 11 da CPTM, em Itaquaquecetuba, em Poá e Ferraz de Vasconcelos”, completou o coordenador adjunto.
De acordo com os estudos, quem usar o transporte entre entre Arujá e Ferraz de Vasconcelos deve ganhar cerca de 20 minutos no trajeto. Uma diferença enorme, principalmente para quem depende dele diariamente.
“Agilidade, [aumento da] capacidade de gente no ônibus. É isso. Não fica aquela aglomeração, todo mundo grudado, um no outro”, disse a agente de atendimento Amanda dos Santos Silva.
“Tudo que engloba a questão do transporte público, de certa forma, traz um benefício pra população. Desde que atenda, não só a região, mas que pudesse atender outra cidades aqui do entorno, seria bem interessante, principalmente no horário de pico, reduziria bastante o trânsito”, completou Pamela.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) confirmou que está com o estudo de impacto ambiental do BRT, mas que espera informações que foram solicitadas à EMTU.
A EMTU confirmou que, até o momento, foi liberada apenas a licença ambiental da fase 2, que será feita pelo DER, que as demais estão em tramitação e que os prazos dependem da obtenção da licença ambiental.
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