O Governo Federal fez essa semana o anúncio de uma série de medidas de seu pacote fiscal, providências que tentarão manter o equilíbrio das contas federais, algo que vinha sendo anunciado e adiado, criando, portanto, expectativas e frustrações pelo que veio a público.
Muito discurso na TV e pouca praticidade para o cidadão comum, o qual pode perceber com mais ênfase o anúncio, junto com o pacote, de uma medida de caráter eleitoral, isto é, cumprindo promessa de campanha e que refere ao aumento do limite de isenção da tributação do imposto de renda da pessoa física.
Estranho isso, porque se de um lado o Governo anuncia necessidade de corte de gastos, não seria esse o momento de ampliar a isenção quando o que se precisa é arrecadar.
Opa – espere – ainda que isso seja bom para o trabalhador de menor renda, e de fato é, no conjunto da obra do anúncio soa como populismo.
O tal pacote precisa ser desvendado e explicado, e medidas passarão pelo crivo do Congresso Nacional, como é o caso dos ganhos dos militares e o respeito ao teto de salários do funcionalismo.
De certo modo o anúncio em si em cadeia de rádio e televisão foi frustrante, parecia campanha eleitoral. Menos Ministro Haddad, e mais objetividade.
O enredo confuso criou burburinho no mercado financeiro com a alta do dólar e pode disparar aumento de juros por conta dos “mistérios” do pacote fiscal.
E tem ainda a taxação dos grandes salários, o que vai mover pressões de todos os lados.
Com certeza o Brasil precisa ser passado a limpo e ordenar os gastos, de toda natureza, inclusive os sociais. Governo é para prover a qualidade de vida da população, mas não é para distribuir dinheiro, por isso, vamos aguardar que pacote é esse !
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