As iniciativas das Instituições de Ensino Superior que oferecem programas de capacitação, atualização ou reciclagem do corpo docente em Soft Skills, são motivadas pela necessidade de oferecer mais ferramentas de comunicação, de desenvolvimento pessoal e de apoio profissional para a missão do professor encontrar melhores e atuais formas de relacionamento com os alunos, mantendo-os interessados nas aulas e comprometidos com os estudos, em um ambiente onde o celular tem sido o centro das atenções.
Relatos de professores sobre a difícil tarefa de manter a atenção da sala durante duas, três ou mais horas, não são novidades no universo do ensino, o que mudou é o desafio de conseguir fazer o aluno tirar os olhos dos aparelhos celulares por poucos minutos, considerando que o celular é praticamente uma extensão do corpo de muitas pessoas.
Dos alunos cujo celular ainda não integrou sua anatomia e que de fato estão prestando atenção nas aulas, outra ação que também envolve o celular pode ser observada com frequência, justamente quando os alunos usam-no para tirar foto dos slides ou da lousa. Existem os que não se contentam com as fotos e solicitam também permissão gravar o áudio das aulas, da fala do professor, usando o celular, o que faz sentido, pensando no posterior uso desse material para os estudos, uma vez que as fotos aleatórias ficam salvas no rolos da câmera do aparelho celular e na hora da revisão, o contexto da foto pode ser esquecido.
Iniciativas de integração do aparelho celular no processo de ensino e aprendizagem existem em diferentes níveis de ensino, como as plataforma de ensino a distância, aplicativos de simulações de experiências práticas, para compartilhamento de documentos e tarefas em grupo, opções de gamificação, entre outros.
Esse artigo traz opções para que o celular dos alunos possa ser inserido no acompanhamento das aulas, principalmente nas aulas expositivas, conectando o aluno ao conteúdo e consequentemente ao professor, trazendo um uso prático para que o celular ajude o aluno a organizar seus estudos e não permaneça como um foco de distração, conectado nas redes sociais ou em jogos online.
Considerando que existem espaço para experimentações, principalmente acerca da distração dos alunos, muitas universidades e professores adotam políticas restritivas quanto ao uso de celulares em sala, outras instituições preferem um equilíbrio, onde o uso de celulares é permitido em certos momentos da aula para fins educacionais.
No cenário em que proibir o uso do celular em sala de aula não seja uma opção viável para uma instituição de ensino, assim como está previsto acontecer por força de lei nos ensinos infantil e médio, orientar e direcionar o uso do aparelho visando a inserção da tecnologia no processo de ensino e aprendizagem, é uma solução para reduzir o potencial de distração dos alunos.
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