O Ministério Público de São Paulo (MPSP) obteve, nesta quinta-feira (12/12), em Itaquaquecetuba, a condenação de três integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) acusados de participação no chamado “tribunal do crime”, realizado em 2022, em Mogi das Cruzes, que resultou na morte de Michael Jackson Rabello, de 37 anos.
Os réus foram sentenciados a mais de 22 anos de prisão cada um por crimes de associação criminosa, homicídio triplamente qualificado, cárcere privado e ocultação de cadáver.
Tribunal do Crime foi realizado em Mogi
Rabello foi acusado de estuprar uma jovem, durante uma festa na Vila Moraes, no dia 16 de janeiro de 2022. De acordo com a polícia, isso aconteceu durante a madrugada, e um “grupo de criminosos” decidiu resolver o caso com um “tribunal do crime” durante o dia.
Além de Rabello, a vítima do estupro como o suspeito e testemunhas foram levados para uma área no Conjunto Oropó, em Mogi das Cruzes. Local onde foi realizado o julgamento clandestino, que teria se estendido por muitas horas. Ao final, a jovem e as demais pessoas teriam sido libertadas em Suzano. Já Rabello, foi condenado pelo tribunal do crime e assassinado com pancadas na cabeça.
O corpo foi localizado em uma área de mata na Estrada do Merenda com ferimento na cabeça e sinais de tortura, em Itaquaquecetuba, ainda em janeiro de 2022, em uma cova rasa.
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Julgamento e sentenças dos membros do PCC
A denúncia, apresentada pelo promotor Cláudio Sérgio Alves Teixeira, destacou que o crime foi cometido por motivo torpe e resultou de um julgamento à revelia das autoridades estatais. “É certo que o homicídio foi cometido por motivo torpe, uma vez que os denunciados resolveram ceifar a vida da vítima após um julgamento clandestino, à revelia da atuação e do conhecimento estatal, o qual possui o monopólio do uso da violência, tornando-a legítima em um Estado Democrático de Direito”, reforçando a acusação.
Os réus, de acordo com o MPSP, integram a facção criminosa PCC. Todos os três réus foram julgados e condenados pela Justiça, nesta quinta (12), e receberam sentenças que ultrapassam 22 anos de prisão.
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