De acordo com dados do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), com base em informações das regionais do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), houve uma ligeira retração de 0,7% nas exportações em comparação com o mesmo período de 2023, quando as vendas chegaram a US$ 949,7 milhões.
Para contextualizar, o Produto Interno Bruto (PIB) de Mogi das Cruzes é de aproximadamente R$ 20 bilhões, segundo os dados mais recentes. Considerando a cotação do dólar a R$ 6,04, US$ 943,5 milhões equivalem a R$ 5,69 bilhões, representando cerca de 28,45% da produção econômica da cidade.
“Os números deste ano destacam a importância estratégica da indústria do Alto Tietê no comércio internacional. Embora 2025 traga desafios, vemos também muitas oportunidades de modernização e diversificação para o nosso mercado local”, afirmou José Francisco Caseiro, diretor regional do CIESP Alto Tietê.
Entre janeiro e novembro, as importações somaram US$ 1.247,8 bilhão, com uma redução de 15,5% em comparação com 2023, quando o valor registrado foi de US$ 1.476,4 bilhão.
Entre os principais produtos exportados, destacam-se máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, que representam 21,4% do total, seguidos por papel e cartão com 20,6%, e máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com 8,6%. Esses dados refletem a força da indústria local nos setores de tecnologia, papel e celulose e materiais elétricos.
Nas importações, os principais produtos adquiridos pela região foram máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (22,7%), produtos farmacêuticos (13%) e veículos automóveis e tratores (8,4%). A significativa presença de máquinas e equipamentos nas importações destaca a vocação da região para os setores automotivo e farmacêutico.
Os principais destinos das exportações do Alto Tietê foram os Estados Unidos (26,3%), seguidos pela Argentina (12,1%) e Paraguai (6,4%). Esses mercados continuam sendo estratégicos para a indústria local, especialmente nos setores de máquinas e papel.
Por outro lado, as importações da região têm origem em países como China (17,8%), Japão (15%) e Alemanha (12%), evidenciando a forte demanda por insumos e equipamentos industriais de países com base tecnológica avançada.