Homem apontado como um dos envolvidos na morte de ‘Pedrinho Matador’ vira réu e tem prisão preventiva decretada


Adalberto de Oliveira Alves Junior, conhecido como “Pierre”, de 32 anos, é um dos três envolvidos na morte de Pedrinho e foi preso em outubro na capital. De acordo com a Polícia Civil, decisão da Justiça foi feita em 17 de dezembro. Pedrinho Matador durante entrevista a podcast
Reprodução/YouTube
Um dos homens envolvidos na morte de Pedro Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador, tornou-se réu e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Adalberto de Oliveira Alves Junior, conhecido como “Pierre”, de 32 anos, é um dos três envolvidos na morte de Pedrinho, assassinado em março do ano passado. Segundo a Polícia Civil, o pedido foi acolhido em 17 de dezembro.
Pierre foi preso temporariamente em outubro deste ano na capital e, em novembro, prestou depoimento no Setor de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP) de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, que investiga o caso. Em seguida, ele foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) da cidade.
✅ Clique para seguir o canal do g1 Mogi das Cruzes e Suzano no WhatsApp
Segundo o delegado Rubens José Ângelo, responsável pelas investigações, já existiam dois mandados de prisão preventiva por roubo e receptação pela vara da capital e pela Vara Federal de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. Além disso, ainda segundo a polícia, ele também é apontado como integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O g1 tenta localizar a defesa de Adalberto.
Carro em que suspeitos de atirarem em Pedrinho Matador foi abandonado durante fuga
José Antonio de Assis/TV Diário
De acordo com o delegado, a motivação do assassinato de Pedrinho foi um acerto de contas.
“O tráfico de entorpecentes estava ocorrendo no bairro que Pedro tinha familiares, inclusive sobrinhos e crianças pequenas. Então, ele ameaçou os traficantes, aterrorizou o bairro no sentido de não acontecer o tráfico, quando veio a ordem de uma facção criminosa, de uma organização criminosa, para dar cabo à vida dele. Pois o modus operandi da execução do crime denota isso. Três indivíduos num veículo, dois desembarcam, efetuam disparos com pistola nove milímetros, acertam quatro vezes a pessoa de Pedrinho, e o ocupante puxa uma faca e tenta degolá-lo, corta o pescoço dele. Então, a forma de execução nutre um sentido de raiva e de vingança por parte desses executores”, disse.
LEIA MAIS:
‘Pedrinho Matador’ foi morto após proibir tráfico de drogas em bairro onde parentes viviam, aponta polícia
Suspeito de envolvimento na morte de ‘Pedrinho Matador’ é ouvido pela polícia
Quem foi Pedrinho Matador, assassinado a tiros na Grande SP
Pedrinho Matador foi morto a tiros e teve o pescoço cortado, diz boletim de ocorrência
Polícia busca identidade de assassinos de ‘Pedrinho Matador’
Morte de Pedrinho Matador: o que se sabe e o que falta esclarecer
Sobre o caso
Pedro Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador, de 68 anos, foi morto na calçada em frente à casa de familiares.
Pedrinho foi preso pela primeira vez em 1973, depois de completar 18 anos, e passou 42 anos na cadeia. Ele contou que cometeu o primeiro assassinato em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, aos 14 anos. Ele matou a tiros o então prefeito da cidade que, segundo ele, tinha demitido seu pai como vigia de um colégio municipal.
Quem foi Pedrinho Matador 
Em uma entrevista para a revista “Época”, de 2003, o assassino em série disse que teria matado mais de cem pessoas, incluindo crimes cometidos dentro do sistema prisional.
Em 2018, já em liberdade, Pedrinho criou um canal no Youtube. Ele também mantinha um perfil no TikTok. Em um dos vídeos, mostrou um livro em que conta a sua história.
No dia do assassinato, segundo o depoimento de uma familiar à polícia, Pedrinho estava sentado em uma cadeira em frente à casa dela quando um veículo parou na rua e, então, duas pessoas, armadas, desceram do carro. Um dos homens, que utilizavam máscaras, teria dito “não é nada com você, não. Pega sua filha e entra para dentro”.
Pedrinho Matador em imagem de arquivo de 1996
Reprodução/ Fantástico
Na sequência, os dois homens efetuaram os disparos contra Pedrinho. Um dos suspeitos, com uma faca de cozinha, perfurou a garganta da vítima, que já estava caída. Após a ação, os criminosos voltaram para o carro e fugiram e uma outra pessoa surgiu no portão da casa gritando que havia chamado a polícia.
O celular de Pedrinho foi coletado pela equipe do Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes. Já o carro encontrado pela PM e um galão encontrado próximo do veículo foram apreendidos.
O caso foi registrado como homicídio qualificado.
Assista a mais notícias sobre o Alto Tietê

Adicionar aos favoritos o Link permanente.