O ano de 2024 no Alto Tietê se destacou devido a momentos significativos como as eleições municipais, debates, inaugurações de obras, novos equipamentos e espaços, entre outros acontecimentos. No entanto, apesar de grande parte destes eventos ter sido positiva, também foram registradas as mortes de figuras importantes que marcaram época na região, sejam do universo político, religioso, esportivo e, até mesmo, gastronômico.
- Clique e receba notícias de O Diário por WhatsApp.
- Inscreva-se e acesse conteúdos de O Diário no YouTube.
- Siga O Diário no X (Twitter) e fique por dentro de tudo.
1. Padre Vicente
A primeira morte que impactou o âmbito religioso no Alto Tietê, em 2024, foi a do padre Alfredo Morlini, aos 96 anos, no dia 12 de março. À época, o bispo diocesano de Mogi das Cruzes, Dom Pedro Luiz Stringhini, conduziu uma missa exequial em memória do sacerdote. (Veja o comunicado e a homenagem do bispo abaixo).
Nascido em 4 de fevereiro de 1928, na cidade de Reggio Emilia, na região norte da Itália, padre Vicente foi ordenado sacerdote em abril de 1952. Chegou ao Brasil em 1962 e se instalou na cidade de Rio Branco, capital do Acre. Depois, mudou-se para Mogi das Cruzes, onde foi pároco da Paróquia Sant’Ana – Catedral Diocesana, entre os anos de 1968 e 1979, e das paróquias Santo Antônio e São José Operário.
LEIA TAMBÉM
- Mogi se despede de Padre Vicente em celebração na Catedral Sant’Ana
Fundou o Instituto Pró+Vida São Sebastião em 16 de setembro de 1977, sendo reconhecido pelo seu desejo de oferecer moradia aos idosos carentes, além de cuidados com alimentação e medicamentos necessários.
A despedida final ao sacerdote, inclusive, foi acompanhada de perto pelo jornal O Diário. A comunidade católica mogiana pôde se despedir durante a missa exequial, na Igreja Matriz, realizada um dia após a morte, com o objetivo de oferecer um último ato de fé pela alma falecida, pedindo a salvação eterna por meio de cânticos e outras demonstrações de crença. Após a celebração, o corpo seguiu para o sepultamento, que ocorreu na Vila Oliveira.
2. Tiago Azevedo
Apesar de não estar ligado a atividades capazes de trazer reconhecimento público, a morte do poaense Tiago Azevedo, de 40 anos, natural de Poá, cidade que integra a região do Alto Tietê, chama a atenção como uma das 62 vítimas da tragédia do avião da Voepass Linhas Aéreas, que caiu na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo, em agosto.
LEIA TAMBÉM
- Professor de inglês de Poá é uma das vítimas da queda do avião da Voepass
- ‘Ótimo pai, marido e filho’, diz amigo sobre o poaense que morreu na tragédia em Vinhedo
- Corpo de Bombeiros conclui retirada das vítimas do avião da Voepass que caiu em Vinhedo
- Humorista Jonathan Nemer fez postagem sobre avião da VOEPASS há um mês: ‘Um dos piores voos’
- VOEPASS confirma 62 pessoas mortes na queda do avião; veja nomes
A aeronave, modelo ATR-72, com capacidade para 68 passageiros, era propriedade da empresa VoePass Linhas Aéreas. A companhia confirmou às 17h20 do dia 9 de agosto que, no momento da queda, havia 58 passageiros e quatro tripulantes, totalizando 62 mortes.
Atualmente, Tiago Azevedo era executivo de Vendas na Marel, uma empresa multinacional de máquinas para a indústria alimentícia. Segundo um amigo próximo, que preferiu não se identificar, ele viajava de avião entre duas e três vezes por semana.
3. Estevam Galvão
Em relação às perdas relacionadas à política local, destaca-se a morte de Estevam Galvão de Oliveira, ex-prefeito de Suzano e ex-deputado federal, ocorrida em 29 de junho, aos 81 anos, devido a complicações em razão da luta contra um câncer no pâncreas.
LEIA TAMBÉM
- Amigos, familiares e apoiadores se despedem de Estevam Galvão em cerimônia, em Suzano
O Diário esteve presente no velório e, à época, obteve declarações de outros nomes ligados à política da região, que lamentaram a perda. Prestaram a última homenagem, presencialmente, o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi (PL); o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), Marco Bertaiolli, e sua esposa, Mara, prefeita eleita de Mogi das Cruzes pelo PL; o vereador e presidente da Câmara de Vereadores de Mogi das Cruzes, José Francimário Vieira, o Farofa (PL); entre outras personalidades.
Estevam Galvão foi prefeito de Suzano em quatro oportunidades: de 1977 a 1982, de 1988 a 1992, de 1996 a 2000 e de 2001 a 2004. Foi eleito deputado federal entre 1983 e 1987. Ao todo, dedicou-se 50 anos à vida pública, sendo mais de 20 deles no parlamentarismo estadual. Também atuou como relator do parlamento do Estado, líder partidário por mais de 10 anos e, ainda, corregedor da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
4. Roberto Marques
Carlos Roberto Marques da Silva, conhecido pelos poaenses como Roberto Marques, faleceu no dia 24 de julho, vítima de infarto. A informação foi confirmada por familiares do político, que esteve à frente do Poder Executivo da cidade ao longo de dois mandatos, entre os anos de 1998-2000 e 2005-2008.
Marques, que construiu sua carreira política pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), assumiu a Prefeitura de Poá pela primeira vez após a morte do então prefeito Jorge Francisco Correa Allen e, em razão de ser o vice, foi alçado à cadeira principal do Executivo poaense.
5. Leila Caran Costa
A morte de Leila Caran Costa, mãe do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, ocorrida em 2 de dezembro, aos 99 anos, gerou repercussão a nível nacional. Tanto que o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e sua esposa, Michele, vieram a Mogi das Cruzes ao velório, realizado na Câmara de Vereadores, e à missa de 7º dia, que ocorreu na Catedral Sant’Ana.
A repercussão, no entanto, se deu devido ao andamento da apuração Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), que investiga o ex-presidente, Costa Neto e outras 35 pessoas suspeitas de participarem de uma possível tentativa de golpe de Estado para impedir a posse e matar o presidente eleito na época, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu vice, Geraldo Alckmin (PSD), e também o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
LEIA TAMBÉM
- PF indicia Valdemar Costa Neto, Jair Bolsonaro e mais 35 pessoas em inquérito sobre tentativa de golpe
- Entenda a operação da PF: golpe de Estado e plano de matar Lula, Alckmin e Moraes
- Leila quis ser médica e foi primeira-dama 4 vezes; relembre entrevista ao O Diário
- Leila Caran Costa, mãe de Valdemar Costa Neto, morre aos 99 anos em Mogi
A defesa de Bolsonaro conseguiu a liberação, junto a Moraes, para comparecer ainda no velório de Leila Caran Costa, realizado na Câmara Municipal de Mogi das Cruzes. Porém, ele não conseguiu chegar a tempo e foi representado por sua esposa, Michelle Bolsonaro.
6. Graziela Mota
2024 também foi um ano de despedida de alguns nomes que marcaram época em Mogi das Cruzes. No âmbito cultural, por exemplo, a cidade perdeu Graziela Mota, aos 61 anos, que seria a festeira da Festa do Divino Espírito Santo do município em 2025, vítima de infarto fulminante.
Graziela, que faleceu durante um passeio em família na cidade de Cruzeiro, situada no interior de São Paulo, trabalhava como funcionária pública na Prefeitura de Poá. Também atuava na Associação de Família de Rotarianos do Rotary Club (Asfar) de Mogi das Cruzes. Tinha três filhos: Taís, de 38 anos; Pedro, de 34; e Gustavo, de 29.
7. Edson Ricci
A culinária mogiana também sofreu perdas em 2024. O chef Edson Ari Ricci Sobrinho, mais conhecido como Edson Ricci ou apenas “Ricci”, do Restaurante Viva Empório & Trattoria, morreu aos 64 anos, após sofrer dois infartos e uma parada cardiorrespiratória. Ele ficou conhecido por estar à frente da Viva Chopperia, localizada na esquina da avenida Capitão Manoel Rudge, em Mogi das Cruzes.
8. Rubens Marialva
O ex-presidente do Lions Clube de Mogi das Cruzes, fundador do Banco dos Olhos e engenheiro aposentado da Eletropaulo, Rubens Marialva, de 79 anos, morreu no dia 24 de julho. Ele ficou internado 10 dias no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, situado no distrito Bela Vista, na capital paulista, após ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
À época, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), Marco Bertaiolli, e sua esposa, a então candidata à Prefeitura de Mogi das Cruzes pelo PL, Mara, lamentaram a perda do amigo.
“Perdi, hoje, um dos maiores amigos que a vida me deu. Conselheiro, parceiro, alegre, bom de conversa e um pai amoroso, Rubens Marialva deixa um legado de solidariedade e amizade a todos nós. À minha amiga, Neusa Marialva, que mais que uma companheira de trabalho é alguém especial e essencial na minha vida, e a sua filha Rubinha, os meus mais sinceros sentimentos. Que Deus ampare e acolha a todos nesse momento de dor e tristeza”, escreveu o ex-prefeito.
“Rubão, você estará sempre em meu coração. Obrigada por tanto. Descanse em paz”, comentou a pré-candidata. Agradecemos muito a compreensão de todos para que possamos nos unir à família Marialva, oferecendo e proporcionando o conforto necessário neste momento de tanta dor e tão difícil para todos nós”, finaliza o pronunciamento de Mara Bertaiolli.
9. Mohamad Ahmad Saada
O empresário Mohamad Ahmad Saada, importante nome do comércio de Mogi das Cruzes, também foi um das figuras históricas do município que morreu neste ano.Ele, que era o proprietário do Center Saada, também atuava como presidente da Sociedade Cultural Beneficente da cidade. O enterro aconteceu no Cemitério Islâmico de Guarulhos, situado na região Metropolitana de São Paulo.
Família Saada
A família Saada chegou ao Brasil por volta de 1950, quando o patriarca libanês Ahmad Mohamad Saada veio morar em Mogi das Cruzes e decidiu montar a loja de móveis no local movimentado na época, por estar próximo ao Mercadão. Quatro anos depois, o comerciante, pai de seis filhos, começou a trazer a família para a cidade.
10. Walter Argentino
Na madrugada de hoje (6), Walter Argentino faleceu, aos 71 anos de idade. Ele estava internado desde o Carnaval por conta de uma infecção generalizada, mas não resistiu. Filho de Antônio Argentino e Berta Argentino, Walter era proprietário da loja de roupas Bonani, em Mogi das Cruzes. Ele deixa três filhas e seis netos.
11. José João Mossri
O arquiteto mogiano José João Mossri, de 82 anos, morreu em 16 de dezembro no Hospital Sancta Maggiote, localizado na Vila Buarque, no distrito da Consolação, em São Paulo, em decorrência de neoplasia no reto e cistite actínica.
Sócio do Clube de Campo de Mogi das Cruzes (CCMC) desde 1975, ele formou-se em Arquitetura e Urbanismo em 1978, pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Também atuou como secretário municipal de Obras entre os anos de 2001 e 2002.
Mossri, inclusive, foi reconhecido pela sua contribuição à arquitetura. Isso porque, há cerca de 40 anos, o também arquiteto Oscar Niemeyer foi responsável por criar um projeto, que nunca foi executado, prometendo combater as enchentes causadas pelas cheias do Rio Tietê. No estudo, áreas ao longo do rio seriam preenchidas com locais de lazer, prédios e paisagismo.
O post Padre Vicente, Estevam Galvão e mãe de Costa Neto; veja mortes que marcaram a região em 2024 apareceu primeiro em O Diário de Mogi.