Polícia prende PM acusado de matar delator do PCC no Aeroporto de Guarulhos

A Polícia Militar de São Paulo prendeu, nesta quinta-feira (16/1), 15 policiais militares suspeitos de envolvimento com o crime organizado. Entre os investigados está um PM identificado como autor dos disparos que mataram Vinicius Gritzbach, delator do PCC, no aerorpoto de Guarulhos no dia 9 de novembro. Pela manhã, uma operação da Corregedoria da PM cumpriu os mandados de prisão e também sete de busca e apreensão contra policiais.

De acordo com informações da PM, 14 dos presos nesta manhã atuavam numa escolta ilícita de segurança pessoal de Gritzbach. Entre esses 14 havia um tenente que atuava como chefe da equipe. Os policiais chegaram a usar um veículo que imitava uma viatura descaracterizada, segundo a investigação. A intenção era valer-se da função de policial militar para dar aparência de que aquilo era uma segurança pessoal. Outro tenente preso facilitava as escalas de serviço de seus subordinados. O 15º preso é o suspeito de ser autor de um dos disparos.

Em coletiva de imprensa nesta tarde, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, informou que a investigação usou várias ferramentas de inteligência para chegar à identificação do atirador. Desde a quebra do sigilo telefônico até o trabalho das estações rádio-base e imagens de câmera de segurança foram fundamentais para identificar o atirador. Agora, será realizada a coleta de material genético dos indivíduos presos e comparação com o material genético coletado no dia do assassinato.

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“Alguns (policiais) realizavam escolta ilegal. Conseguiu-se comprovar que os policiais sabiam da conduta delituosa antes e depois, que o Vinicius era um criminoso que tinha função específica na lavagem de dinheiro e que continuava cometendo atos ilícitos após a delação premiada feita com o MP”, explicou Derrite, que ainda acrescentou: “Outro policial que não estava sendo investigado foi colocado na cena do crime. Com imagens, vídeos, fotos do dia do assassinato e imagens coletadas pela Corregedoria, chegou-se a conclusão que esse indivíduo é um dos atiradores e foi solicitada a prisão temporária. Ele já está sob custódia”.

A delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), deu mais detalhes sobre a apuração do caso. “Temos quebras (de sigilo telefônico) que nos levam a outras pessoas, que não são policiais militares. Quanto aos mandantes, temos duas linhas de investigação, ambas (consideram que o mandante seria integrante) de facção. Foi um crime encomendado por membro do PCC e temos linhas adiantadas de investigação”, disse a diretora do DHPP.

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