Altas do dólar e dos impostos deixam comércio pessimista para ano de 2025

O comércio varejista da região já esteve mais confiante para o ano de 2025 e agora já projeta dificuldade no crescimento das vendas. Entre os principais motivos estão a alta do dólar, que passa dos R$ 6, e impostos mais altos.

 

As informações foram passadas pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região (Sincomércio), Valterli Martinez.

 

“Devido a uma combinação de fatores econômicos que prometem dificultar o crescimento das vendas, o setor já projeta um 2025 aquém das expectativas iniciais”, disse o presidente.

 

São quatro pontos que deixam o comércio varejista desesperançoso para o ano que vem: a alta do dólar; o aumento da carga tributária; a alta taxa de juros, em 12,25%; e a previsão da perda do poder de compra das famílias. “Esses elementos sinalizam um ano sem grandes perspectivas de expansão no consumo”, continuou.

A atual taxa de juros torna o crédito mais caro para os consumidores e empresários, de acordo com o sindicato. “Isso inibe tanto o consumo financiado quanto os investimentos em expansão por parte das empresas”, explica o presidente.

 

Em relação à alta do dólar, o impacto se dá nos custos de importação de produtos e insumos, o que faz com que os preços finais fiquem pressionados, além de reduzir a competitividade de alguns setores do varejo.

Sobre a maior carga tributária, o presidente explicou que o lucro fica menor. “Com o aumento da carga tributária em diversas esferas, as margens de lucro ficam ainda mais apertadas, forçando muitas empresas a repensarem suas estratégias para manterem a viabilidade”.

 

De acordo com o chefe do sindicato, economistas estão projetando uma retração no poder de compra das famílias brasileiras. “Essa projeção se dá devido ao aumento dos custos de vida e ao impacto das políticas econômicas vigentes. Isso reduz a capacidade de consumo e, consequentemente, o desempenho do varejo”, finalizou Valterli.

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