É inegável que as motos passaram a compor a paisagem urbana, principalmente nas grandes cidades, por conta de ser um veículo leve e que transita com maior facilidade. As entregas rápidas acabaram por formar um núcleo profissional de motoboys entregadores que facilitam a vida de muita gente.
O avanço dos serviços e sistemas aplicativos de entrega de refeição acabaram por tornar sólido este segmento.
Contudo, a pressa por conta do ganho proporcional pela quantidade de entregas feitas empurrou muitos condutores para o cometimento de infrações, desrespeitando limites de velocidade e sinalização – não todos – mas vemos isso em nosso cotidiano, inclusive com alguns condutores agressivos se o espaço “deles” acaba sendo atravessado pelos carros.
A categoria é importante, o ganha pão de muitos, mas a criminalidade criativa em nosso país acabou avançando sobre esse sistema e bandidos começaram a simular a situação de serviço para cometer crimes.
Exemplo recente vimos essa semana na cidade de Poá, no Alto Tietê, onde um grupo de marginais usando motos, assaltaram motoboys que aguardavam pedidos para entrega.
A segurança pública é um dos grandes desafios das cidades e temos visto muitos, muitos mesmo, assaltos onde bandidos em dupla usam motos para roubar e também matar.
O medo é real, e uma regulamentação precisa ser feita, por exemplo, com capacetes e coletes com destaque para a placa da moto e fiscalização constante, afinal, hoje em dia, quando uma moto se aproxima com piloto e garupa, há tensão nas ruas.
O tema é complexo, ainda mais agora com aplicativo de transporte por motos, o qual a Prefeitura de São Paulo está questionando, bem por isso, é preciso debater e encontrar meios de permitir o trabalho sem que o grande instrumento – a moto – seja também a grande ferramenta do crime.
“Hoje moto e crime infelizmente ‘andam’ juntos”
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