O ingresso ao ensino superior ainda é, no Brasil, um sonho para milhares de pessoas. A rotina de aprendizado para chegar ao objetivo e iniciar uma graduação gratuita, no entanto, pode ser cansativa e exaustiva. A moradora de Mogi das Cruzes Jhennifer Jacqueline de Sousa Silva, de 28 anos, aprovada no curso de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Pinheiros, conta que dedicou aproximadamente, nos últimos dois anos, 14 horas por dia aos estudos até conquistar a vaga.
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“Foram sete anos de cursinho. A dedicação, nos dois últimos, foi grande. Começava às 6h e só parava às 22h, de segunda a sábado, com simulados feitos aos domingos. Estudava 14 horas líquidas por dia, alternadas entre assistir às aulas, descanso e estudo autônomo. Não havia dia de folga. Optei por descansar ao longo da rotina de estudos”, conta Jhennifer.
“Quando vi meu nome na lista [de aprovados], chorei muito, não conseguia acreditar que era real. Abri e fechei a área do candidato no site da instituição várias vezes ao dia para conferir se tinha, de fato, sido aprovada. Quando a classificação saiu, eu estava sozinha em casa, resolvi ligar para minha mãe e contar que havia passado. Ela chorou junto comigo”, completa a estudante.
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Ansiosa para iniciar a graduação, Jhennifer conta que ainda não visitou o campus da universidade. A matrícula para os aprovados na USP, por meio da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), foi iniciada nesta terça-feira (28/1), e a estudante já separou os documentos necessários para efetuar a inscrição. “Estou com as expectativas bem altas para, finalmente, iniciar o curso dos meus sonhos”, disse.
Apesar do amor pela Medicina, a jovem explica que já cursou Nutrição e Dietética, além de ter ingressado no curso de Economia, na PUC-SP, em 2017. “Acabei desistindo porque sempre quis ser médica, mas, devido às dificuldades financeiras, migrei para outra área”, disse Jhennifer, que completou: “Não acreditei que daria certo”.
Antes de conseguir a tão sonhada aprovação em Medicina na USP, a estudante percorreu um “longo caminho”. Ela tentou bolsas em cursinhos pré-vestibulares e, após o esforço, obteve uma vaga na capital paulista.
Durante os sete anos de estudo, a mogiana destacou os desafios que o vestibular de Medicina traz, principalmente para a USP. Na primeira vez em que fez a prova, ela contou que acertou apenas 27 questões. O salto e a evolução para atingir a aprovação foi considerável, de 27 para 72 pontos. “Nos dois últimos anos, minha rotina foi dedicada integralmente aos estudos”, lembra.
“A Medicina não é um sonho de criança. Comecei a pensar no curso [de Medicina] quando terminei o técnico em Nutrição. Percebi que tinha muita sensibilidade para ouvir e ajudar as pessoas, entender suas histórias. O estudo da vida, do corpo humano e suas estruturas sempre me fascinaram”, finaliza Jhennifer.
O post Mogiana aprovada em medicina na USP após 7 anos conta rotina: ‘14 horas de estudo por dia’ apareceu primeiro em O Diário de Mogi.