Etecs do Alto Tietê entram no segundo dia de greve, diz sindicato


De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps) todas as unidades na região aderiram ao movimento. Centro Paula Souza afirma que adesão é parcial e nenhuma unidade está 100% paralisada. Sinteps afirma que professores e funcionários da Etec de Arujá aderiram à greve
Fábio Fernandes/Divulgação
A greve de professores, auxiliares docentes e funcionários administrativos das Escolas Técnicas (Etecs) de Arujá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Santa Isabel e Suzano entra no segundo dia nesta quarta-feira (9). O movimento teve início na terça-feira (8).
De acordo com Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps), o mesmo movimento acontece nas Fatecs do Estado e a greve é por tempo indeterminado. No entanto, no mapa da greve divulgado pelo sindicato nesta quarta-feira não consta a adesão de unidades da Fatec no Alto Tietê que estão instaladas em Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba e Mogi das Cruzes.
O Sintesp informou que nesta quarta-feira são 132 unidades, entre Etec e Fatc, paralisadas no Estado. No primeiro dia da greve foram 116 unidades . No Alto Tietê as unidades nos municípios de Arujá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Santa Isabel e Suzano aderiram a greve. Já o Centro Paula Souza afirma que adesão é parcial e nenhuma unidade está 100% paralisada.
Entre as reivindicações da categoria estão fim do arrocho salarial e perdas salariais, pagamento do bônus resultado e defesa das escolas do Centro Paula Souza. (veja todas as reinvidicações abaixo)
O Centro Paula Souza (CPS) informou que trabalha para valorizar os servidores da instituição e que a Bonificação por Resultados (BR), referente ao ano de 2022, será o paga até outubro, podendo ser antecipada para setembro. A entidade destaca também que a atual gestão, já em seu primeiro ano de governo, concedeu um reajuste acima de inflação para os servidores públicos. (veja a nota completa abaixo)
Reivindicações
De acordo com o Sintesp as quatro reivindicações centrais da greve são pelo fim do arrocho salarial, pelo imediato pagamento do bônus resultado, pela revisão da carreira e atendimento dos anseios da categoria e pela defesa das escolas do Centro Paula Souza.
A categoria destaca que acumula perdas salariais há anos, enquanto a inflação avança mês a mês, enquanto a Assembleia Legislativa (Alesp) aprovou reajuste de 50% nos salários do governos, seus secretários e pessoal da segurança pública. O Sintesp ressalta o governo enviou para a Alesp uma proposta de reajuste de 6% para as outras categorias do funcionalismo.
Quanto ao bônus resultado, o Sintesp reivindica o pagamento imediato do mesmo. A categoria pede revisão da carreira, implantada em 2014, e que deixou para trás muitos direitos importantes. E contratações urgentes, de funcionários/as e docentes, para suprir as necessidades das ETECs e FATECs.
O sindicato reforça que a greve acontece também pela defesa das escolas do Centro Paula Souza por conta da proposta do governador Tarcísio de Freitas de implementar ensino técnico diretamente na rede estadual, à margem do Centro Paula Souza, que é o órgão estadual paulista responsável por essa modalidade de ensino há mais de 50 anos, com notória qualidade e respeito da sociedade.
Posição Centro Paula Souza
“O Centro Paula Souza (CPS) trabalha para valorizar os servidores da instituição. A Bonificação por Resultados (BR), referente ao ano de 2022, por exemplo, já foi publicada no Diário Oficial do Estado e será o paga até outubro, podendo ser antecipada para setembro.
A atual gestão, já em seu primeiro ano de governo, concedeu um reajuste acima de inflação para os servidores públicos.
O estudo para o novo Plano de Carreiras dos servidores do CPS está em andamento e contava, até o dia 23 de junho, com a participação de representantes do sindicato, que optaram por se desligar do grupo de trabalho. A proposta do novo plano de carreira será encaminhada às instâncias responsáveis pela sua análise até setembro, e as contribuições do Centro Paula Souza serão avaliadas.
O investimento nas Etecs e Fatecs para ampliar as oportunidades de acesso à formação profissional gratuita em São Paulo é compromisso da atual gestão.
A instituição adotará todas as medidas necessárias para garantir que os estudantes não sejam prejudicados.”

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