Moradia no Monte Cristo

O desafio de atender famílias com unidades habitacionais no Brasil é grande. 
A questão da moradia é um problema crônico nos grandes centros urbanos. Com a população residindo cada vez mais nas cidades, algo que deve chegar a 68% em 2050 segundo dados da ONU, isso se torna uma prioridade para governos e gestores públicos. 
No Brasil, os desafios de viabilizar moradia adequada para os grupos vulneráveis que vivem em áreas de risco é fundamental. Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, estima 9,5 milhões de habitantes moram de maneira precária em áreas de risco sujeitas a deslizamentos de terra, enchentes e outros desastres provocados pelo clima, que representa mais de 2,5 milhões de moradias erguidas em áreas de risco sujeitas a desastres. Esses locais necessitam de melhorias para mitigar o risco ou realocação da população em novos espaços.
Em decorrência do impacto da pandemia, o número de população que atualmente não possui condições de pagar aluguel, o baixo nível de atendimento da política federal de habitação para a população de menor renda é mais um fator que pode contribuir para a elevação de moradias precárias em áreas de risco.
Os municípios, em parceria com os estados, tentam fazer sua parte.
Nesta semana, por exemplo, a Prefeitura de Suzano e o governo do Estado avançaram nas tratativas que poderão garantir soluções de novas moradias para as famílias do Jardim Monte Cristo, na localidade compreendida entre a rua Sete de Setembro e a avenida Brasil. Na quarta-feira (12/02), a equipe da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação, com o secretário Elvis Vieira e os diretores Miguel Reis e Ricardo Hatiw Lu, foi recebida por representantes da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), na sede do órgão, no centro da capital paulista.
No encontro, foram apresentados aos integrantes da administração municipal o levantamento topográfico relativo ao local que poderia receber o novo projeto e a proposta para as unidades habitacionais. Nesta reunião, também foram discutidas outras soluções relacionadas à melhoria da qualidade de vida da comunidade, que contemplariam a criação de uma praça/espaço de convivência por meio do “Bairro Paulista”, um programa que sugere estratégias destinadas à ampliação de opções de áreas de lazer para as famílias, de maneira planejada e em consonância com a sustentabilidade. Assim, as gestões locais dependem de robustas políticas interfederativas de habitação visando ao atendimento das necessidades habitacionais e o enfrentamento do déficit habitacional, segundo especialistas. 
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