Alta velocidade de veículos gera preocupação de pedestres que passam pela Avenida Francisco Rodrigues Filho, em Mogi

Avenida é uma das vias mais movimentadas da cidade. Secretaria de Mobilidade Urbana de Mogi informou que o trecho já conta com semáforo com botoeira, cerca de 150 metros antes e 150 metros depois da faixa implantada recentemente. Carros em alta velocidade geram receio de atropelamento em avenida de Mogi das Cruzes
A alta velocidade dos carros é a principal preocupação de quem precisa atravessar a Avenida Francisco Rodrigues Filho, em Mogi das Cruzes. Por lá, não faltam histórias de atropelamentos e vítimas traumatizadas.
A Avenida Francisco Rodrigues Filho é uma das vias mais movimentadas da cidade. Em alguns pontos, o pedestre precisa contar com a cordialidade do motorista para atravessar, além de paciência.
A síndica de um condomínio que fica na avenida, explica que muitas são as imprudências do trânsito nesse trecho da via. Segundo ela, desde março já foram registrados dois acidentes entre moto e pedestre.
O primeiro foi com Claudenice Ferreira. Imagens de câmeras de monitoramento que registraram o acidente mostram quando a aposentada de 67 anos foi atingida por uma moto. No acidente, ela fraturou as duas pernas, quebrou a clavícula e bateu a cabeça. Foram dois meses de cama.
“Estou me tratando até hoje. Hoje que eu fui liberada pra fazer fisioterapia. Além do susto, foram grandes as sequelas. Eu tenho sequelas. Estava buscando meu netinho na escola, do outro lado da avenida, quando surgiu um motoqueiro em alta velocidade me atropelando”, disse a aposentada.
Letícia Marques da Cunha estuda em uma escola próxima da avenida. Ela conta que é muito difícil atravessar a via.
“Geralmente eu vou e volto da escola em horário de pico, então sempre tem muito carro. E na maioria das vezes, até os carros para, mas na maioria das vezes as motos não param. Eles vêm no corredor, a milhão, e não param, mesmo que eles vejam os pedestres querendo atravessar”.
A estudante é outra vítima do trânsito. Imagens mostram que a menina atravessa após uma carro parar na via, mas ela e uma colega são atingidas por uma moto.
“Foi muito rápido. A gente estava voltando da escola, a gente estava parada, e aí o carro parou e falou pra gente atravessar. Aí quando a gente foi atravessar, o motoqueiro estava no corredor, vindo muito rápido, e pegou eu e a minha amiga que estava comigo”.
“Foi impactante. Na hora que a amiguinha ali ligou pra mim e falou ‘olha, a Letícia sofreu um acidente, tia’, aí eu falei ‘fica no celular, passa o celular pra ela’ e ‘Letícia, fica comigo’. E eu fui conversando com ela pra tentar acalmá-la, até eu chegar no local. Aí eu desci, quando eu cheguei ela já estava aguardando a ambulância, ela e a amiga. Ela estava bem, ela estava lúcida, porém tinha machucado a perna, a moto bateu na perna dela, ela estava com um machucado no cotovelo. Hoje a gente tem que ficar o tempo inteiro pedindo pra ela tomar cuidado. E até ela mesmo, ela demorou um pouquinho pra querer atravessar. Até olhar próximo de onde ela foi atropelada, ela ficou impactada por conta disso”, explicou Valéria de Fátima Cunha, mãe de Letícia.
Além de moradora, Daiana também é síndica do condomínio próximo de onde aconteceram os acidentes. Ela conta que abriu na prefeitura protocolos com pedido para que fosse colocado uma faixa de pedestre no mesmo ponto onde já existe um semáforo. A faixa foi instalada, mas, segundo a moradora, não no ponto que ela solicitou.
“Colocaram agora faixa, porém não colocaram semáforo, o que não está adiantando porque os carros, os ônibus, principalmente motoqueiros não estão parando pro pessoal atravessar. De qualquer jeito, fica perigoso pra os pedestres atravessarem. E os moradores continuam correndo o risco. A gente já viu histórias aqui do pessoal até mesmo. Os carros passam tão rápido aqui que a gente já ouviu histórias de pedestres serem atropelados em cima da calçada. Então, realmente, aqui é muito perigoso, precisa de uma educação de trânsito, precisa de uma fiscalização maior, precisa aqui de um semáforo mesmo pro pedestre pra atravessar, precisa de uma atenção maior, principalmente no horário de pico”.
Para os moradores, além da faixa de pedestre, é muito importante que a prefeitura reforce a fiscalização no local, além do trabalho referente à educação no trânsito.
“Eles ainda não tomaram consciência de que o pedestre também tem seus direitos”, completou Valéria.
A Secretaria de Mobilidade Urbana de Mogi informou que o trecho já conta com semáforo com botoeira, cerca de 150 metros antes e 150 metros depois da faixa implantada recentemente. A pasta também disse que, caso seja colocado mais um semáforo, a via, que já tem muita morosidade, seria ainda mais prejudicada.
A secretaria ainda informou que não será instalado outro semáforo, neste momento porque a região passará por diversas modificações no sistema viário. A pasta recomendou que as pessoas se desloquem para as faixas com semáforos ou aguardem na faixa implantada e dêem sinal ao motorista, para que, quando eles pararem, possam atravessar com segurança.
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