Ministério Público denuncia vereadora de Mogi por suposto esquema de rachadinha

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou uma denúncia contra a vereadora Inês Paz (PSOL) por improbidade administrativa. Segundo a promotoria, a parlamentar de Mogi das Cruzes estaria envolvida, junto de seu irmão e um ex-chefe de gabinete, em um esquema de “rachadinha”.

Os detalhes do caso seguem sob sigilo de Justiça, mas, em resposta aos questionamentos do O Diário, o departamento de comunicação do MPSP confirmou a natureza da denúncia, apresentada na terça-feira (8), segundo o Diário Oficial da entidade.

Além da denúncia, o MP também apresentou um pedido de afastamento de cargo, mas este ainda não foi apreciado, segundo o departamento de comunicação.

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Em resposta à denúncia apresentada, Inês Paz divulgou uma nota à imprensa, onde negou as acusações. “A denúncia ainda não foi recebida pela Justiça. Não há julgamento, não há condenação. O que há, são acusações e ilações”, escreveu a vereadora.

A vereadora foi além na sua defesa: “Há também uma história de luta coletiva que se nega a ser silenciada”. Ela diz ainda que tem confiança no processo legal e “na força da verdade que se constrói com o tempo“.

“Nego com veemência as acusações que me foram atribuídas. Elas partem de interpretações distorcidas, alimentadas por suposições e recortes, que buscam criminalizar formas legítimas e solidárias de atuação política. Não há provas de crime, porque não houve crime.

Nada temo. Nunca fiz uso do cargo para benefício pessoal. Nunca traí a confiança de quem me elegeu. Sei que este mandato não me pertence — ele é do povo que constrói essa cidade com dignidade.

Ao longo dos meus quatro mandatos como vereadora, sempre estive do lado das professoras, dos jovens periféricos, dos trabalhadores, das mulheres que resistem, da cultura que pulsa nos bairros, da fé que se organiza em mutirão. A quem serve tentar manchar esse percurso? Jamais me calarei diante da injustiça.”

Em setembro do ano passado, na reta final do processo eleitoral, uma ex-assessora de Inês apresentou um pedido de cassação na Câmara Municipal. Na época, a denúncia também se baseava em um esquema de rachadinha, onde a vereadora supostamente receberia a maior parte do pagamento da ex-assessora. O pedido de denúncia foi recusado pelos vereadores, por 13 a 7, e arquivado.

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