Por outro lado, relatório da Fundação SOS Mata Atlântica aponta tendência de estabilidade na comparação de 2022 com 2023 em Salesópolis, Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim e Suzano. Dia do Rio Tietê é celebrado nesta sexta-feira. Parte do Rio Tietê, em Itaquaquecetuba, ainda espera por obras de desassoreamento.
Reprodução/TV Diário
O trecho de Itaquaquecetuba do Rio Tietê teve piora no Índice de Qualidade da Água (IQA) de 2022 para 2023. As informações são do relatório do programa Observando o Tietê da Fundação SOS Mata Atlântica divulgado na última terça-feira (19). Nesta sexta-feira (22), é celebrado o Dia do Rio Tietê, que nasce em Salesópolis e corta as cidades e dá nome à região.
De acordo com o relatório, os indicadores apontam uma tendência de estabilidade na condição ambiental da bacia do Alto Tietê nos municípios de Salesópolis, Mogi das Cruzes, Biritiba-Mirim e Suzano.
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Na região, a qualidade de água boa se estende da nascente do Tietê, em Salesópolis, até Mogi das Cruzes, por 61 km do rio. O Tietê, que nasce na cidade de Salesópolis, é o maior rio do estado de São Paulo, com 1,1 mil quilômetros.
Índice de Qualidade da Água (IQA) do Rio Tietê
De acordo com a SOS Mata Atlântica, o rio Balainho, localizado em Suzano, um dos pontos de monitoramento do relatório, deve ser destacado pela perda de qualidade. O estudo indica que o rio apresentou piora nos dois pontos analisados.
Rio Tietê no trecho da Ponte Grande, em Mogi das Cruzes
Ralph Siqueira/TV Diário
Aumento da mancha de poluição
A mancha de poluição do Rio Tietê cresceu 31% no último ano, segundo relatório divulgado pela ONG SOS Mata Atlântica: as águas consideradas ruins passaram de 122 km em 2022 para 160 km de extensão em 2023. O número representa 27,7% dos 576 km monitorados do rio. No ano passado, a mancha já tinha crescido 40% em relação ao ano anterior.
O estudo, divulgado nesta terça-feira (19), apresenta a evolução dos indicadores de qualidade da água na bacia hidrográfica do rio Tietê, o maior rio do estado de São Paulo, com 1,1 mil quilômetros de extensão, com base nos dados do monitoramento mensal realizado por grupos voluntários integrantes do programa Observando os Rios.
A bacia do rio Tietê abrange 265 municípios, em uma área total de 9.172.066 hectares, com 79% do seu território inseridos no bioma Mata Atlântica (7.227.066 hectares) e, o restante, no Cerrado.
Trecho do Rio Tietê, em Suzano
Reprodução/TV Diário
De acordo com os responsáveis pelo estudo, um dos fatores que pode explicar a situação é a questão climática: “O regime de chuvas está cada vez menos regular, com interferência direta nas vazões do rio e no volume de água nos reservatórios da bacia hidrográfica. O período de seca resulta na concentração de poluentes e nutrientes que comprometem a qualidade da água; e, ao mesmo tempo, temporais acarretam o carreamento de cargas difusas de poluição”, aponta o documento.
“Ainda elencando possíveis motivos para o aumento na mancha de poluição, há de se ressaltar o grande número de pessoas que não têm acesso à moradia digna e que, portanto, obviamente, também não estão ligadas ao sistema de tratamento de esgoto”.
Sobre a bacia do Tietê, o relatório apontou que:
10,2% dos pontos de coleta analisados têm água de qualidade boa;
57,6% têm água de qualidade regular;
22% têm água de qualidade ruim;
10,2% têm água de qualidade péssima;
Nenhum registro apontou a qualidade da água como ótima.
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