Mais de 48 mil moradores do Alto Tietê com 15 anos ou mais não sabem ler e escrever, aponta Censo 2022


De acordo com pesquisa do IBGE, Salesópolis é o município da região com a maior taxa de analfabetismo: 5,96%. lápis, educação, escola, analfabetismo DF
Eduardo Paiva / TV Globo
Mais de 48 mil pessoas com 15 anos ou mais que vivem no Alto Tietê não sabem ler e escrever uma carta simples, de acordo com dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice representa cerca de 3% de toda a população da região, que totaliza 1.627.145 pessoas.
Todos os municípios do Alto Tietê têm taxa de alfabetização maior que a média do Brasil, que ficou em 93%. Por outro lado, oito cidades estão abaixo da média estadual, que ficou em 96,89%.
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O município da região com a maior taxa de analfabetos é Salesópolis, com 5,96% da população sem saber ler e escrever, seguido de Biritiba Mirim, com 5,91%.
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Na região, 1.295.157 pessoas com 15 anos ou mais são alfabetizadas. De acordo com o levantamento, em relação à taxa de alfabetização por cidade, Salesópolis também é a que possui o menor índice, com 94,09% (12.354 alfabetizados), enquanto Poá é que tem o maior, com 97,35% (83.883).
Confira no gráfico abaixo a taxa de alfabetização e o total de pessoas que sabem ler e escrever em cada município do país

Números do Brasil
No país, 50 municípios têm índices de analfabetismo iguais ou superiores a 30%— 48 dessas cidades estão no Nordeste. As únicas exceções do grupo são Alto Alegre e Amajari, em Roraima, no Norte.
Entre os estados, os piores números foram registrados em Alagoas (17,7%) e no Piauí (17,2%). Considerando as faixas etárias dos brasileiros com mais de 15 anos, a maior taxa de analfabetos é detectada entre os idosos de 65 anos ou mais (20,3%).
Segundo o IBGE, a “elevada taxa de analfabetismo entre os mais velhos é um reflexo da dívida educacional brasileira, cuja tônica foi o atraso no investimento em educação”.
Nas últimas décadas, esse grupo tem apresentado uma melhoria nos números: em 2000, 38% não sabiam ler e escrever cartas simples.
“Nas [gerações] mais velhas, as taxas caem mais rápido, pelo processo natural de substituição e pela dinâmica demográfica de envelhecimento e morte da população”, afirma o órgão de pesquisa.
A tendência geral é: quanto mais nova for a pessoa, maior a probabilidade de ela ser alfabetizada. Entre jovens de 15 e 19 anos, por exemplo, o índice de analfabetismo é de 1,5%.
Como o Censo funciona?
🤔 O que é o Censo? É uma pesquisa realizada pelo IBGE para coletar dados sobre a população brasileira. Ela permite traçar um perfil socioeconômico do país.
🚨 Por que ele é importante? O Censo identifica informações essenciais para a criação de políticas públicas. A partir delas, é possível direcionar os recursos financeiros da União para estados e municípios, como nas áreas de saúde, educação, habitação, transportes e energia.
📝Como os dados foram coletados? Foram três formas de participação: entrevista presencial (98,9% dos casos), por telefone (entrevistas feitas por recenseadores) ou preenchimento de formulário on-line.
O Censo entrevista os brasileiros na residência habitual, seja um lar particular, coletivo (asilos) ou improvisado (nas ruas, por exemplo).
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