Comissão de Vereadores visita Cemitério São Salvador em Mogi das Cruzes

Eles acompanham os furtos constantes no local. Visitantes reclamam da falta de segurança no espaço. Furtos são frequentes no cemitério São Salvador em Mogi das Cruzes
A comissão de vereadores que acompanha os furtos constantes no Cemitério São Salvador, em Mogi das Cruzes, fez uma visita técnica ao local. Túmulos vandalizados e o sumiço de materiais feitos de bronze são comuns no local.
O professor Josias de Almeida Junior visita com frequência o São Salvador onde os pais estão sepultados. Ele tem se surpreendido com o vandalismo e o sumiço de presentes deixados nas sepulturas. “Já tinham levado há um ano e meio, dois, o medalhão de Nossa Senhora. E levaram dessa vez uma placa grande que eu fiz em homenagem ao meu pai, escolhendo as palavras direito para a gente poder fazer e homenagear…a placa tinha sumido. Outros túmulos, vários foram violados.”
Os atos de vandalismo impressionam. Indignados quem tem parentes sepultados no local registra em vídeo o resultado desses atos. Em um túmulo as alças de bronze foram quebradas. Em outro uma grade de ferro foi abandonada em cima de outra sepultura. Outro problema é que no Cemitério São Salvador a manutenção não está em dia. Entre os problemas estão calçadas quebradas e sujeira no chão.
“A gente fica indignado e não vê resultados. E é um lugar que guarda a história da cidade. História afetiva e uma coisa que mexe com a gente. População tem que visitar, prestar homenagem”, desabafa o professor.
O empresário Ernesto Luiz vem visitar quase que diariamente o túmulo do tio que se foi há muitos anos. Ele tem observado os problemas dos furtos e da insegurança dentro do cemitério. “Isso está acontecendo ultimamente com bastante frequência. Colocaram câmera esses dias aí. Uma iluminação diferente e tal, mas no meu ponto de vista isso não vai adiantar. Teria que ter pessoas aí a noite para vigiar, para tomar conta e não deixar esse pessoal entrar.”
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O 1º Distrito Policial Mogi fica logo em frente ao cemitério, mas isso parece não intimidar os criminosos. Muitas famílias já registraram vários boletins de ocorrência. “A responsabilidade é para quem furta e para quem compra. Quem furta vai preso pelo crime do furto e quem compra pelo crime de receptação. Um está conectado com o outro”, explica o delegado Francisco Del Poente.
O Diário TV 1ª e 2ª edição já exibiram várias vezes essa situação. No dia 7 de janeiro a reportagem mostrou que o portão de um túmulo foi furtado e pelo menos 15 jazigos foram violados.
Em junho do ano passado o cemitério da Igreja de Santa Cruz, no distrito de Taiaçupeba, também foi alvo de bandidos.
Com tantas perdas e a violência chegando aos lugares mais absurdos do Alto Tietê, a Câmara de Vereadores está em busca de soluções e uma CEV foi constituída para acompanhar a reclamação da população. “Nós assinamos três ofícios. Primeiro deles para a Prefeitura Municipal passar para nós a lista dos ferros-velhos cadastrados na cidade. Segunda ação é relação dos funcionários e o horário que eles saem do cemitério para conversarmos com eles se perceberam alguma coisa. E a outra ação é quais a medidas de segurança que a Prefeitura adotou após saber desses furtos que ocorreram.”
A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que além de aumentar a altura do muro em alguns pontos e reforçar a iluminação, o patrulhamento da Guarda Municipal no entorno foi intensificado para melhorar a segurança e prevenir novos furtos no cemitério. Sobre a questão de zeladoria, informa que ela é feita regularmente. Limpeza e capinação são mensais, assim como pintura nos prédios próprios. Nas calçadas, os reparos são feitos com frequência nos trechos possíveis, porque alguns pontos são afetados pelas raízes das árvores. A varrição e limpeza vão ser reforçados.
Já o caso de sepultura usada como depósito de material de limpeza, o caso será avaliado, e, se constatado, as medidas cabíveis serão adotadas. A Prefeitura diz, ainda, que vai responder as questões formuladas pela comissão especial de vereadores. E pede que a população denuncie movimentação suspeita pelo telefone 153, que atende 24 horas por dia, e registre boletim de ocorrência sobre furtos.
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